A primeira mesa do
encontro “Um mundo sem fome: estratégias de superação da miséria”, realizado
pela Carta Capital, contou com a participação da ministra do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e do ex-coordenador sub-regional para
a África Oriental e representante da Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), Mafa Chipeta. Eles debateram o tema “O papel
dos programas sociais no combate à fome e à miséria no Brasil e na África”. Tereza
Campello afirmou que os desafios que se apresentam hoje para o Brasil são muito
diferentes daqueles de dez anos atrás. Ela ressaltou que “Pela primeira vez o
Brasil cresceu com diminuição das desigualdades” e que esse resultado não foi
natural, mas fruto de uma série de decisões. Um dos dados apresentados pela
ministra mostra que a renda cresceu em todo o Brasil na última década, mas que
esse aumento foi ainda maior em segmentos sociais historicamente menos
privilegiados, como mulheres, negros e pessoas de menor escolaridade. Os
resultados são fruto de uma série de programas que foram desenvolvidos pelo
governo em várias áreas. O programa Luz para Todos já soma 3 milhões de
ligações feitas, a qualificação profissional de inseridos no cadastro único
está prestes a comemorar a marca de 700 mil beneficiados e o Bolsa Família já
tirou 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza. “Espero que, em 10 anos,
possa voltar aqui para contar o sucesso da África no combate à fome, como está
fazendo o Brasil”, começou Mafa Chipeta, logo após a fala da ministra. Ele
ressaltou que o Brasil pode ajudar o continente africano, mas que é preciso
pensar que tipo de ajuda o continente realmente precisa. Para ele se trata de
uma cooperação na elaboração de políticas de combate à fome e não apenas da
doação de alimentos. Segundo Chipeta, os governos têm um papel crucial no
desenvolvimento de políticas sociais, mas isso não pode ser pensado de forma
isolada. “Na África, é impossível pensar nas políticas sociais sem discutir
crescimento econômico”. Além disso, “inserir essas políticas no orçamento
de forma permanente é essencial”, afirma Mafa Chipeta, citando o ex-presidente
Lula.
Fonte: Instituto
Lula
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