Mesmo com o governo
ajudando, as forças oposicionistas demonstram que se descolaram das ruas antes
mesmo da morte de Tutancâmon. A situação política do país vai retornando ao seu
ponto normal. Lulismo hegemônico e oposição nanica. Ambos, contudo, parecem sem
grande musculatura. Mesmo os governistas parecem inflados por gás Hélio. Vai
aos céus, mas um simples vazamento faz despencar. Há algo de pouco orgânico nos
patamares de popularidade do governo federal. Esvaziou com o boato do fim do
bolsa família e com as manifestações de junho. Retoma os índices anteriores
lentamente, em fogo baixo. Uma das bolas dentro do governo foi o Mais Médicos.
O corporativismo privatista tentou, esperneou e ameaçou se jogar na vala comum
dos desesperados. Não deu em nada, como tudo o que parece que sai dos antigos
formadores de opinião desde 2006. A pesquisa CNT divulgada hoje dá o tom desta
rapsódia médica: 73,9% dos brasileiros são a favor da vinda de médicos
estrangeiros. Uma lavada. Qualquer pesquisador social sabe que é crítica
generalizada, país afora, ao atendimento dos nossos médicos de carteirinha (ou
seria de carteirada?). O Instituto Cultiva tem dados aos borbotões que
corroboram esta afirmação. Independe do tamanho do município, região ou partido
no governo. O problema é o perfil, a formação dos médicos (há exceções, como
sempre, como no caso dos sanitaristas). A pesquisa é ainda mais contundente:
49,6% dos brasileiros acham que o programa Mais Médico será capaz de solucionar
os problemas da saúde tupiniquim. 62% dos brasileiros utilizam a rede pública
de serviço à saúde. Somente 20% utiliza exclusivamente a rede privada. A
oposição não acerta uma. E faz tempo. Mesmo com o governo ajudando, as forças
oposicionistas demonstram que se descolaram das ruas antes mesmo da morte de
Tutancâmon. Por: RUDÁ RICCI
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