A Justiça do Pará condenou, no fim desta noite de ontem, o fazendeiro
Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, a 30 anos de prisão, inicialmente em regime
fechado, pela morte da missionária Dorothy Stang, na qualidade de coautor e
mandante do crime; Dorothy Stang foi morta a tiros no município de Anapu,
no sudoeste paraense, em 12 de fevereiro de 2005, porque defendia a implantação
de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas; Brasília
- A Justiça do Pará
condenou, no fim desta noite de ontem (19), o fazendeiro Vitalmiro Bastos de
Moura, o Bida, a 30 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pela morte
da missionária Dorothy Stang, na qualidade de coautor e mandante do crime. O
julgamento, o quarto realizado após recursos dos advogados, durou mais de 14
horas. A sentença foi lida pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa. Dorothy Stang foi morta a tiros no município de
Anapu, no sudoeste paraense, em 12 de fevereiro de 2005. De acordo com o
Ministério Público, ela foi assassinada porque defendia a implantação de
assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram disputadas
por fazendeiros e madeireiros da região. As investigações das polícias Civil e
Federal na época do crime indicaram que Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo
Batista foi o autor do assassinato. Amair Feijoli Cunha, o Tato, foi apontado
como intermediário. Ele foi contratado por Bida e por Regivaldo Pereira Galvão,
conhecido como Taradão, que pagaram R$ 50 mil pelo assassinato da missionária,
conforme a investigação. A defesa de Bida alegou que não havia evidências
suficientes que comprovasse o envolvimento do fazendeiro no caso. Condenado a
30 anos no primeiro julgamento, em 2007, Bida teve direito a novo júri em 2008,
quando foi absolvido. O segundo julgamento, no entanto, foi anulado por fraude
processual. No terceiro julgamento, que durou mais de 50 dias, Bida voltou a
ser condenado, mas os advogados conseguiram a anulação alegando cerceamento de
defesa. Na ocasião, o fazendeiro foi a júri representado por um defensor
público, que admitiu posteriormente não ter tido acesso a todo o processo, o
que foi usado pela defesa posterior de Bida para pedir a anulação do
julgamento.
Fonte:http://www.brasil247.com/pt/247/amazonas247/115485/Assassino-de-Dorothy-Stang-pega-30-anos.htm
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