Na edição desta semana da
revista alemã “Der Spiegel”, a Polícia Militar do Rio de Janeiro é classificada
como "pior do que gangues". Segundo a reportagem do correspondente
Jens Glüsing, a polícia carioca é repudiada pelos moradores das favelas onde
foram instaladas as UPP’s (Unidade de Polícia Pacificadora). A matéria mostra
detalhes sobre a ocupação do Conjunto de Favelas do Lins, na Zona Norte, no
domingo dia 6, para implantação da 35ª UPP na cidade. Ainda são descritos o
envolvimento de PMs da UPP da Rocinha na morte do pedreiro Amarildo de
Souza. Há também a ocupação do Complexo do Alemão, há dois anos, que levou
a morte de dezenas de pessoas. E para completar também é descrita a truculência
praticada pelos PMs contra manifestantes nos atos realizados na cidade. A
revista alemã ainda destaca que "entre os muitos moradores da favela, a
força policial do Rio de Janeiro tem uma reputação pior do que as quadrilhas de
traficantes criminosos. Eles são vistos como bandidos e assassinos”. O caso
Amarildo é um dos destaques da reportagem que descreve o caso de tortura e
morte do ajudante de pedreiro com a presença do comandante da UPP. A revista
conclui que "o crime [de Amarildo] lança uma sombra sobre toda a
estratégia de pacificação do governo". Sobre a tortura praticada pela
polícia carioca a revista diz que "o delito é quase sem precedentes:
tortura é rotina em muitas delegacias de polícia”. Ainda sobre a atuação da PM
do Rio de Janeiro a revista cita o historiador da UFRJ Francisco Carlos
Teixeira da Silva que disse que "A polícia foi menos violenta sob a
ditadura militar do que no governador Cabral". A reportagem da revista
alemã é mais uma constatação, neste caso internacional, sobre a polícia
brasileira, já acusada por outros órgãos, como a própria ONU, como extremamente
violenta que age principalmente contra a população pobre. PCO.
Fonte: http://www.paraiba.com.br

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