Diante das
dificuldades de entendimento com partidos da base aliada em diferentes estados,
o comando nacional do PT convocará os dirigentes regionais da sigla, no início
de dezembro, para reafirmar que a prioridade número um da legenda no ano que
vem é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O encontro, que será promovido em São Paulo, tem como objetivo evitar a
necessidade de intervenção da direção nacional na definição de candidaturas
estaduais que possam prejudicar acordos partidários em torno da disputa ao
Palácio do Planalto. O PT enfrenta atualmente desentendimentos e indefinições
em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará,
Maranhão, Santa Catarina, Pernambuco e Goiás. Já o presidente do PMDB, Valdir
Raupp revelou que cada um vai ter que se virar e usar as suas armas, além de
ter minimizado as forças do PT. Para ele, na conjuntura atual, a união entre PT
e PMDB só é possível no Para, Rondônia, Amazonas, Rio Grande do Norte e
Paraíba. Identificar “descompasso” O presidente nacional do PT, Rui Falcão, que
foi reeleito para novo período de quatro anos, reconheceu que o encontro tem
como finalidade evitar futuras intervenções e identificar algum “descompasso”
ou “falta de sintonia”. Segundo ele, todos os diretórios estaduais da sigla
estão cientes de que a estratégia prioritária da legenda no ano que vem é a
reeleição da presidente. Em entrevista coletiva, na capital paulista, o
dirigente petista ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá um
“papel muito forte” tanto na eleição presidencial como nas estaduais. — Todos
os nossos diretórios estão convictos de que a prioridade é a reeleição da
presidente. Isso já aconteceu em 2010 e deve ocorrer agora. É para isso, para
haver uma sintonia mais fina, que nós vamos convocar uma reunião com todos os
presidentes estaduais, em São Paulo, para ter esse quadro nacional e avaliar se
há algum descompasso, alguma falta de sintonia. Justamente, para que não haja
nenhum tipo de intervenção — afirmou. Ao todo, PT e PMDB, aliados em âmbito
nacional, devem estar em lados opostos em até 11 estados na disputa do ano que
vem. Segundo o dirigente nacional do PT, a sigla deve lançar entre dez e 12 candidaturas próprias,
e, nos demais estados, a tendência é apoiar legendas da base aliada. No
Maranhão e no Espírito Santo, no entanto, lideranças regionais defendem
candidaturas adversárias às do PMDB e, em Goiás e Ceará, pregam nomes próprios,
o que tem sido motivo de reclamação da legenda aliada no governo federal. Em
Santa Catarina, o presidente estadual eleito tem defendido candidatura própria,
contra o interesse do diretório nacional de apoiar a reeleição de Raimundo
Colombo, do PSD. Redação
com o Globo

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