Depois de o Estado revelar que os
cubanos do Mais Médicostêm
trabalhado sem receber a ajuda de custo prevista nas regras do programa, o
ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse em entrevista exclusiva que determinou
uma operação pente-fino para notificar administrações que não cumprem as contrapartidas.
E, segundo ele, essas prefeituras
deixarão de receber os profissionais da terceira etapa do Mais Médicos - são
até 2.900 profissionais que começarão a trabalhar no início de março.
Os municípios que continuarem, mesmo após a notificação, a deixar de pagar os auxílios moradia, alimentação e de transporte serão descredenciados do programa, segundo o ministro. O governo federal não admite que os municípios deixem de cumprir seu papel.
Os municípios que continuarem, mesmo após a notificação, a deixar de pagar os auxílios moradia, alimentação e de transporte serão descredenciados do programa, segundo o ministro. O governo federal não admite que os municípios deixem de cumprir seu papel.
Todas as partes precisam seguir à risca o acordo de cooperação para que
os profissionais trabalhem com as devidas condições. Em um prazo curto, todos
terão a garantia de que estaremos cumprindo nossos compromissos. Chioro disse que determinou rigor nesse acompanhamento, a cargo do secretário de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales. Onde for detectada
alguma irregularidade, o município será notificado e terá cinco dias para
preparar a resposta.
Em seguida, a coordenação estadual do
programa, com representantes do ministério, do Estado e da prefeitura,
aguardará até 15 dias para que a situação se normalize. Caso isso não aconteça,
o município será descredenciado do programa. Abrangência: O ministro acredita que são poucos os municípios que
não arcam com os custos de moradia, alimentação e transporte em contrapartida
ao pagamento das bolsas pelo Ministério da Saúde. Até o momento, o programa tem
2.100 prefeituras credenciadas.
Até agora, o governo federal notificou
37 prefeituras acusadas de irregularidades, a maioria por falta de pagamento
dos auxílios. Dessas, 27 regularizaram a situação, segundo a pasta. Apenas uma,
a de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, foi desligada do programa, depois de
o ministério tentar, por dois meses, fazer o município pagar os auxílios a três
médicos estrangeiros.
A lista de prefeituras notificadas pode
aumentar com o pente-fino, mas não acredito em um salto. São problemas
localizados que não comprometem a legitimidade do programa, disse Chioro.
Meios: Sobre a garantia de transporte para as visitas domiciliares, o ministro disse que o acordo entre o governo federal e as prefeituras não impõe que seja oferecido um carro ao médico - porque essa situação depende das características geográficas de cada Unidade Básica da Saúde (UBS). No entanto, segundo ele, as prefeituras precisam garantir meios para que as visitas sejam feitas.
Conforme o ministro, o governo federal
está sensível à queixa
dos médicos cubanos, que representam 81% dos profissionais participantes do
programa, sobre o alto custo de vida nas cidades brasileiras. O governo cubano
paga uma bolsa de R$ 900 aos profissionais da ilha, enquanto médicos de outros
países recebem R$ 10 mil da bolsa depositados integralmente em suas contas.
Chioro disse que o governo faz uma avaliação periódica do programa
juntamente com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o que inclui os
valores dos auxílios pagos aos profissionais. E ressalta que todas as condições
foram combinadas com os médicos da ilha, antes mesmo de seu embarque para o
Brasil. Estado de S. Paulo
Fonte: http://www.paraiba.com.br/

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