Faltam mamógrafos, exames são mal feitos e demoram Mamografias de má
qualidade mascaram diagnósticos de câncer de mama e reduzem chances de cura. Lucilene Meireles;
oda mulher com idade a partir de 40 anos deveria realizar a mamografia gratuita
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como defende a Sociedade Brasileira de
Mastologia – Regional Paraíba (SBM-PB), com base na Lei 11.664, de 2008. O
Ministério da Saúde, porém, prioriza apenas a faixa etária entre 50 e 69 anos e
nem mesmo estas mulheres conseguem ter a doença rastreada, porque faltam
mamógrafos no Estado e as clínicas economizam no material, gerando exames de má
qualidade, que podem mascarar diagnósticos.
Embora sobrando vagas para realizar os exames
(em JP, 3.800 mamografias deixam de ser feitas, por mês) a burocracia faz com
que a espera chegue há um ano, sendo que um tumor pode dobrar de tamanho em
poucos meses. O Ministério Público Federal (MPF) recebeu ontem uma equipe da
ONG Amigos do Peito e, vai se reunir com os gestores da saúde pública do
Estado, na próxima terça-feira, para cobrar explicações e exigir providências
para essa situação.
Também ontem, a ONG Amigos do Peito, formada por
pessoas que já tiveram câncer de mama, realizou protesto na Praça João Pessoa,
no Centro da Capital, chamando a atenção para o problema. A mastologista Eulina
Ramalho, membro do grupo, destacou que a demora na realização da mamografia,
que é capaz de detectar nódulos com milímetros, pode ser uma sentença de morte.
Ela relatou
que uma paciente de Pernambuco veio à Paraíba para tentar fazer o exame, mas um
ano depois não conseguiu. O que era apenas um nódulo de três centímetros, se
espalhou por todo o tórax e, antes de ter um diagnóstico oficial, através da
biópsia, ela não resistiu. “A partir do surgimento do nódulo, um ano sem
diagnóstico e sem tratamento pode significar chances cada vez menores de cura”.
Portal Correio da Paraíba, 06/02/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário