Embora a presidente Dilma Rousseff tenha
enquadrado o apetite dos partidos da base aliada cada vez mais famintos por
cargos às vésperas das eleições, o governador de Pernambuco e pré-candidato à
presidência da República, Eduardo Campos, voltou a atirar contra a
administração da petista; para Campos, o governo “distribui cargos como se
estivesse distribuindo bananas e laranjas”; na última pressão do gênero Dilma
optou por nomear perfis técnicos e não políticos.
Pernambuco
247 - A
despeito da presidente Dilma Rousseff (PT) ter enquadrado o apetite dos
partidos da base aliada cada vez mais famintos por cargos às vésperas das
eleições, o governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da
República, Eduardo Campos, voltou a atirar contra a administração da petista.
Para
Campos, o governo “distribui cargos como se estivesse distribuindo bananas e
laranjas”, apesar de que diante da última pressão do gênero Dilma tenha optado
por perfis técnicos e não político. Ele também afirmou que a presidente Dilma
“não deu conta de melhorar o Brasil”. As declarações do socialista foram feitas
neste domingo (16), em Surubim, no Agreste do Estado.
“O
presidente Lula fez o que pôde fazer. Sequenciou com sabedoria e inteligência
as conquistas que encontrou do governo que o antecedeu. E todos nós entregamos
à sua excelência, a presidente, a chance para que ela fizesse o Brasil seguir
mudando e melhorando, mas o que aconteceu é que ela não soube fazer o que ela
estava predestinada, encarregada de fazer.
“E nós não podemos deixar o Brasil derreter na
inflação, no populismo, entregando cargos como se estivesse distribuindo bananas
ou laranjas”, disparou Campos durante mais uma edição da chamada Agenda 40,
como foi batizada a série de ações voltadas para a pré-campanha da chapa
majoritária encabeçada pelo PSB para disputar o Palácio do Campo das Princesas.
Apesar
de usar cada vez mais de acidez nas críticas ao Governo Federal, Campos negiou
que haja alguma rusga pessoal contra a presidente. “Sempre fiz política
respeitando as pessoas.
Tenho respeito pela presidente Dilma enquanto
pessoa e enquanto quadro político, respeito-a enquanto presidenta do nosso
país, em quem votei. Mas tenho o direito, enquanto brasileiro, de colocar
minhas opiniões, um direito que a democracia nos legou. “Eu vejo muita gente do
PT, muita gente do PT inclusive nas disputas internas, falar mais coisas da
Dilma, de um jeito muito mais duro do que as críticas que faço”, disse.
“As
que faço são calcadas em fatos concretos. Qual fato concreto? Ela recebeu o
país das mãos do presidente Lula para melhorar o país e não deu conta de
melhorar o Brasil. E nós estamos correndo um sério risco de poder desconstruir
conquistas que foram feitas”, completou em seguida. Campos também aproveitou a sua passagem pelo Agreste para reafirmar as críticas feitas por ele durante o seminário programático promovido pelo PSB/Rede/PPS, neste sábado (15), no Rio de Janeiro.
“Ontem
(sábado) chamei a atenção que em 2012, para toda a educação, e esta é uma
prioridade no discurso de todos, e todos sabem que é estratégica, o Fundeb
recebeu da União para todos os municípios, para todos os estados, para a
educação fundamental da creche ao ensino técnico, R$10,4 bilhões.
Agora
se está colocando R$ 63 bilhões nessas contas que vocês acabam de falar
(estimativa feita pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura que calcula que o
governo gastará R$ 63 bilhões em subsídios para o setor energético brasileiro).
“Como brasileiro, como cidadão, eu torço para que pessoas tomem providências
que têm que tomar, e não que fiquem jogando os problemas para depois da
eleição”, criticou.
Campos
também disse não temer o fato de ainda ser desconhecido da maior parte do
eleitorado nacional. “Hoje só 30% do povo brasileiro me conhece. E o mínimo com
que apareço nas pesquisas é com 12%. Façam a regra de três. Daqui até o dia 5
de outubro, 100% vai conhecer (falando sobre a sua candidatura). Nós vamos
bater onde vocês sabem que devemos bater.
Porque “posso dizer que a estrada de onde
viemos até aqui, foi muito mais difícil do que a estrada onde vamos chegar”,
afirmou. A estrada citada pelo governador refere-se a sua primeira campanha,
quando ele registrava apenas 3% das intenções de voto do eleitor pernambucano e
acabou sendo eleito de forma surpreendente para o seu primeiro mandato.
Fonte: http://www.brasil247.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário