Ricardo
Coutinho e Veneziano Vital não conseguem quebrar uma palavra de ordem que
circula na Paraíba. No primeiro momento, eis o que se comentava: Cássio rompe ou
não com Ricardo Coutinho? Pois bem, tal palavra mágica – rompimento - rendeu
quase 03 anos. Essa palavrinha simples deixou Vené isolado... Segundo
momento: Cássio é ou não elegível? Essa palavrinha – elegibilidade - isola
Ricardo e Veneziano ao mesmo tempo.
Percebam amigos,
o que passa na cabeça do eleitor, quando fica com tal inquietação. É comum se
ouvir: "Não sei se Cássio é elegível, mas se for candidato tá eleito!”
Faça um teste com essa pergunta, no ponto de ônibus, com seu vizinho, no
restaurante... Pergunte a quem não se interessa por política. Nesse sentido,
tal palavrinha ganha dois contextos: Se for elegível, Campina Grande faz a
festa, os cassistas paraibanos, idem. Se for inelegível, o senador Cássio Cunha
Lima vai levar para o emotivo: “Mais uma vez, tive meu direito subtraído pela
justiça. Deixem o povo me julgar!” Aí, já viram como vai ser o cenário...
Pois bem.
Essa palavrinha mágica serve 100% ao MARKETING do grupo. Ganha sendo elegível
ganha muito mais sendo inelegível. Uma campanha polarizada a emoção, SUPERA a
RAZÃO. Ricardo e Veneziano, ou não perceberam, e se perceberam, não encontraram
outra palavrinha mágica para desconstruir a mágica do PSDB e, principalmente,
de Cássio.
Do ponto de
vista administrativo, o governador passa uma imagem de bom gestor, porém não
consegue aproximar os números de aprovação do governo, com os números que mais
lhe interessam os da corrida eleitoral. Quase 100% o separam da avaliação da
gestão para a da reeleição. Dito isso, podemos afirmar que o pleito de 2014 não
é plebiscitário. Caso fosse, o governador teria números parecidos entre gestão
e corrida eleitoral.
As nomeações
feitas em Campina Grande ainda não conseguiram visibilidade. Os nomeados não se
envolvem com a política, ficam todos em cima do muro. Entre eles, muitos
remanescentes dos grupos de Vital e de Cássio. O fenômeno é de
fácil percepção. Ora, quem está nomeando? Deputados e candidatos, eles nomeiam
e pede envolvimento na majoritária e na proporcional, porém não exigem que se
vote em Ricardo. Querem mesmo garantir sua chegada na Assembléia e no
Congresso. Há alguns que podem até votar no governador, porém, dificilmente vão
defender o governo e, muito dificilmente mesmo, criticarão Cássio e Veneziano.
Os aliados
de Cássio que continuaram no governo e outros que foram nomeados no
‘pós-rompimento’, espreitam ansiosos a perspectiva de poder do senador Cássio
Cunha Lima. Nesse sentido, ficam todos em cima do muro e jurando amor aos dois
principais concorrentes.
É flagrante
nas chamadas ‘redes sociais’ detentores de cargos comissionados que dela se
utilizam, mas não se manifestam em defesa do seu candidato. O que mais existe
hoje no governo de Ricardo Coutinho são os chamados auxiliares técnicos,
aqueles que ocupam cargos por serem competentes e que, por essa razão, não
precisariam de tal envolvimento. Só, que não é bem assim.
Por que
Veneziano Vital não decola? Porque o senador Vital está à frente de uma CPI
hiper- importante. Com essa dedicação exclusiva, passa seu tempo em Brasília. E,
sendo ele o ‘faz tudo’ do GRUPO, a articular, arrecadar, elaborar, defender,
fazer o enfrentamento, finda Veneziano por ficar isolado. Os que o
cercam, pensam em tudo, menos em política. Com uma eleição polarizada como a
que se aproxima, se a terceira força não quebra essa polarização, está, no
mínimo, fadada a uma derrota. Será o “Game Over
Fonte: http://www.folhadapb.com.br/
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