quinta-feira, 12 de junho de 2014

Por Basílio Carneiro: duas palavras de ordens que roubaram a cena na política da Paraíba


Ricardo Coutinho e Veneziano Vital não conseguem quebrar uma palavra de ordem que circula na Paraíba. No primeiro momento, eis o que se comentava: Cássio rompe ou não com Ricardo Coutinho? Pois bem, tal palavra mágica – rompimento - rendeu quase 03 anos. Essa palavrinha simples deixou Vené isolado... Segundo momento: Cássio é ou não elegível? Essa palavrinha – elegibilidade - isola Ricardo e Veneziano ao mesmo tempo.

Percebam amigos, o que passa na cabeça do eleitor, quando fica com tal inquietação. É comum se ouvir: "Não sei se Cássio é elegível, mas se for candidato tá eleito!” Faça um teste com essa pergunta, no ponto de ônibus, com seu vizinho, no restaurante... Pergunte a quem não se interessa por política. Nesse sentido, tal palavrinha ganha dois contextos: Se for elegível, Campina Grande faz a festa, os cassistas paraibanos, idem. Se for inelegível, o senador Cássio Cunha Lima vai levar para o emotivo: “Mais uma vez, tive meu direito subtraído pela justiça. Deixem o povo me julgar!” Aí, já viram como vai ser o cenário...

Pois bem. Essa palavrinha mágica serve 100% ao MARKETING do grupo. Ganha sendo elegível ganha muito mais sendo inelegível. Uma campanha polarizada a emoção, SUPERA a RAZÃO. Ricardo e Veneziano, ou não perceberam, e se perceberam, não encontraram outra palavrinha mágica para desconstruir a mágica do PSDB e, principalmente, de Cássio.

Do ponto de vista administrativo, o governador passa uma imagem de bom gestor, porém não consegue aproximar os números de aprovação do governo, com os números que mais lhe interessam os da corrida eleitoral. Quase 100% o separam da avaliação da gestão para a da reeleição. Dito isso, podemos afirmar que o pleito de 2014 não é plebiscitário. Caso fosse, o governador teria números parecidos entre gestão e corrida eleitoral.

As nomeações feitas em Campina Grande ainda não conseguiram visibilidade. Os nomeados não se envolvem com a política, ficam todos em cima do muro. Entre eles, muitos remanescentes  dos  grupos de Vital e de Cássio. O fenômeno é de fácil percepção. Ora, quem está nomeando? Deputados e candidatos, eles nomeiam e pede envolvimento na majoritária e na proporcional, porém não exigem que se vote em Ricardo. Querem mesmo garantir sua chegada na Assembléia e no Congresso. Há alguns que podem até votar no governador, porém, dificilmente vão defender o governo e, muito dificilmente mesmo, criticarão Cássio e Veneziano.

Os aliados de Cássio que continuaram no governo e outros que foram nomeados no ‘pós-rompimento’, espreitam ansiosos a perspectiva de poder do senador Cássio Cunha Lima. Nesse sentido, ficam todos em cima do muro e jurando amor aos dois principais concorrentes.

É flagrante nas chamadas ‘redes sociais’ detentores de cargos comissionados que dela se utilizam, mas não se manifestam em defesa do seu candidato. O que mais existe hoje no governo de Ricardo Coutinho são os chamados auxiliares técnicos, aqueles que ocupam cargos por serem competentes e que, por essa razão, não precisariam de tal envolvimento. Só, que não é bem assim.

Por que Veneziano Vital não decola? Porque o senador Vital está à frente de uma CPI hiper- importante. Com essa dedicação exclusiva, passa seu tempo em Brasília. E, sendo ele o ‘faz tudo’ do GRUPO, a articular, arrecadar, elaborar, defender, fazer  o enfrentamento, finda Veneziano por ficar isolado. Os que o cercam, pensam em tudo, menos em política. Com uma eleição polarizada como a que se aproxima, se a terceira força não quebra essa polarização, está, no mínimo, fadada a uma derrota. Será o “Game Over

Fonte: http://www.folhadapb.com.br/

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