O deputado
federal Luiz Couto (PT-PB) comentou o trabalho desenvolvido como
vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de
Pessoas, que encerrou os trabalhos no início de junho.
“Essa
comissão que investigou o tráfico de seres humanos no Brasil foi um dos maiores
desafios que já enfrentei depois da CPI do Extermínio no Nordeste, da qual fui
o relator”.
Luiz Couto
citou o choro, a dor, o esquecimento, o medo, a injustiça e o aprisionamento
como alguns dos sentimentos visualizados “com muita atenção dentro dos olhos
das vítimas ouvidas na CPI”.
O
parlamentar ressaltou que a CPI percorreu vários estados brasileiros e chegou a
ir até aos Estados Unidos. Constatou que o engano é uma das maiores decepções
das vítimas que, segundo ele, levou milhares de brasileiras e brasileiros a
outros países para serem explorados “de todas as formas que se possa imaginar”.
“As
investigações não pararam somente nestas atrocidades”, completou. “Desvendamos
uma rede de aliciadores que vendiam filhos e filhas de pessoas que tinham a
característica inocente e a vida carente de informações e políticas publicas”.
Couto
afirmou que a CPI do Tráfico de Pessoas construiu fatores importantes para se
iniciar uma grande investigação policial, “pois onde passava tinha vítimas
denunciando e os acusados omitindo a maneira de atuar e de ganhar dinheiro”.
Luiz Couto
destacou que entre os principais responsáveis pela prática do tráfico humano
estão grandes empresários que compactuam com o trabalho escravo dentro de suas
empresas, políticos envolvidos com vitimas do tráfico de pessoas.
Juízes cúmplices de algumas adoções ilegais,
famílias ricas comprando crianças, advogados preparados para defender o crime
de tráfico humano e até funcionários públicos que se utilizam do cargo para
auxiliar nesse tipo de tráfico.
Fonte: Ascom do Dep. Luiz Couto
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