A guerra dos
conflitos agrários fez mais uma vítima nesta quarta-feira (13). Foi assassinada
a tiros, nesta tarde, a ex-presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na
Agricultura de União do Sul, em Mato Grosso, Maria Lúcia do Nascimento. A
dirigente morava no assentamento Nova Conquista 2, no mesmo município.
Recentemente, Maria
Lúcia e mais 25 famílias haviam recebido da justiça local a reintegração do
assentamento à fazenda em que o mesmo estava instalado, podendo permanecer
legalmente no local.
Tanto ela quanto as outras famílias
assentadas e dirigentes do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura local já
haviam sofrido ameaças do dono da fazenda, Gilberto Miranda, registradas em
Boletins de Ocorrência e em atas de denúncias feitas diretamente ao ouvidor
agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho.
As
ameaças foram testemunhadas inclusive por oficiais de justiça. O crime foi
cometido dentro do assentamento, e testemunhas afirmam que o executor dos
disparos foi um funcionário do fazendeiro, que há dias já rondava a região com
uma arma de fogo à mostra, intimidando as famílias.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) já trabalha
diretamente com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) para que o caso seja apurado pelas autoridades o mais rápido
possível.
O secretário de
Política Agrária da Contag, Zenildo Xavier, acompanha pessoalmente o caso. “É o
nosso PAPEL denunciar
e fazer com que esse assassino e o mandante vá para a cadeia.
É inadmissível
essa situação, que acontece em vários estados. Onde isso vai parar?
Trabalhadores estão morrendo, outros sofrem ameaças e seus executores e
ameaçadores estão ficando impunes”, declara o secretário
Fonte: Contag, por
Imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário