Núcleo de Comunicação do CECOR, Serra
Talhada – PE; Jovens homens e mulheres aprenderam sobre quintais
produtivos no intercâmbio (Foto: Arquivo Cecor)
o dia 19 de agosto,
jovens dos municípios de Flores, Serra Talhada e Santa Cruz da Baixa Verde
envolvidos no Projeto Escola das Águas participaram de um intercâmbio para
troca de experiências no Assentamento Barra Nova, município de Serra Talhada,
Sertão do Pajeú.
Atividade promovida
pelo Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), os/as educandos/as puderam
conhecer duas experiências diferentes de convivência com o Semiárido. O que
chama à atenção é que 70% dos participantes no intercambio eram mulheres.
Um grupo visitou os quintais produtivos
agroecológicos das mulheres e o outro a área de manejo de Caatinga que é
mantida pelos moradores do assentamento, com apoio da Associação Plantas do
Nordeste (APNE), prova de que é possível usufruir da mata nativa sem devastar.
No dia 19 de agosto, jovens dos municípios de Flores, Serra Talhada e
Santa Cruz da Baixa Verde envolvidos no Projeto Escola das Águas participaram
de um intercâmbio para troca de experiências no Assentamento Barra Nova,
município de Serra Talhada, Sertão do Pajeú.
Atividade promovida pelo Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor),
os/as educandos/as puderam conhecer duas experiências diferentes de convivência
com o Semiárido. O que chama à atenção é que 70% dos participantes no
intercambio eram mulheres.
Um grupo visitou os quintais produtivos agroecológicos das mulheres e o
outro a área de manejo de Caatinga que é mantida pelos moradores do
assentamento, com apoio da Associação Plantas do Nordeste (APNE), prova de que
é possível usufruir da mata nativa sem devastar.
O Assentamento Barra Nova foi fundado no de 2007 e atualmente conta com
seis famílias que dependem da agricultura e do bioma para sobreviver. O
diferencial destas famílias é o respeito que dedicam ao meio ambiente e a
interação preservada entre si. São famílias que partilham suas experiências e
conhecimentos, e ajudam umas as outras na hora de cultivar suas hortas e
comercializar a produção.
“Esta visita é importante para que os jovens despertem desde cedo para o
valor das sementes, da coletividade e da agroecologia na produção de alimentos,
por isso o projeto aposta na juventude, o futuro do Semiárido”, explica Kelle
Souza, coordenadora pedagógica do Cecor e responsável pela execução do Projeto
Escola das Águas nos três municípios.
Referência em Serra Talhada, a família da agricultora Maria Alexandrina
da Silva (53), “Dona Xanda”, é exemplo para as demais na comunidade. Cultiva
uma grande variedade de frutas, hortaliças, cereais, legumes e plantas
medicinais, tudo produzido sem agrotóxico, num espaço de meio hectare, ao lado
de casa. Produção que é comercializada aos sábados na Feira Agroecológica.
“Começamos com um quintal coletivo aqui perto de casa, mas o espaço foi
ficando pequeno pra todo mundo e, por isso, estamos fortalecendo outros quintais
na comunidade, pra que cada família tenha sua produção e possa levar pra
feira”, explica dona Xanda, que trabalha ao lado do marido Luiz Vitorino Gomes
(57) e do filho Alécio da Silva Gomes (24).
Além do quintal de Dona Xanda, o grupo ainda visitou as hortas das
agricultoras Francisca Maria Gomes (50) e Cícera Maria da Silva (53). “Me
chamou atenção como numa área pequena e com todas as dificuldades da região é
possível plantar várias coisas, e ter sucesso na produção”, destaca Wildiane
França, do Sítio São Paulo, em Santa Cruz da Baixa Verde.
Dos 145 hectares do assentamento, 45 é destinados para o manejo de
Caatinga, experiência que está sendo seguida por outras comunidades e encantou
os jovens do projeto. “O grupo ficou surpreendido com a área de manejo,
principalmente com a história de Seu Luiz Vitorino, que conseguiu retirar de
forma legal 22 carradas de lenha em 2013, cerca de 312 metros do produto, sem
matar a vegetação”, afirma Valdir Vieira, técnico do Cecor.
Para Hernando Nunes da Silva, morador do Sítio Estreito, em Flores,
muitos agricultores não sabem como fazer o manejo, por isso a experiência tem
que ser compartilhada. “Achei interessante o trabalho das famílias, como elas
extraem a Caatinga para sobrevivência de forma simples e sustentável,
precisamos fazer uma transição desta prática para os agricultores de flores”,
diz entusiasmado.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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