Para jornalista, morte de Eduardo
Campos foi causada pela CIA para derrubar Dilma Rousseff
O jornalista investigativo norte-americano Wayne Madsen publicou
um texto em sua coluna no
site da Fundação da Cultura Estratégica — afirmando que a CIA, serviço de
inteligência e espionagem do governo dos EUA, seria responsável pela morte do
candidato à Presidência da República Eduardo Campos. Segundo o autor, o
"suposto assassinato" teve motivações políticas.
Segundo Madsen, a morte de Campos
colocou Marina Silva, sua substituta na chapa, como "ameaça" à
campanha pela reeleição de Dilma Rousseff (PT). "A derrota de Rousseff
seria um sinal de vitória para a administração de Obama, que quer tirar de cena
presidentes progressistas na América Latina", diz o texto.
"Marina Silva, que é pró-Israel e
seguidora da igreja pentecostal Assembleia de Deus, é muito mais a favor dos
empresários e dos Estados Unidos do que Rousseff, do esquerdista Partido dos
Trabalhadores", continua o jornalista. Ele ainda afirma que Dilma e o
BRICS (grupo de países emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul) estão tentando "desafiar a supremacia no Banco Mundial operado
pelos EUA".
De acordo com Madsen, Marina é uma
"marionete" do empresário húngaro George Soros, famoso especulador na
bolsa de valores norte-americana e um dos maiores financiadores da campanha de
Barack Obama à Presidência dos EUA em 2008. Para o jornalista, ela representa
um suposto movimento internacional chamado "Terceiro Caminho", do
qual participariam Bill Clinton, Tony Blair, o presidente francês François
Hollande e Fernando Henrique Cardoso, entre outros políticos e empresários.
"Quando se torna vantajoso matar
um membro do 'Terceiro Caminho' para promover outro, não há problema em
eliminar alguém como Eduardo Campos para abrir caminho para uma política mais
popular (e controlada) como Marina Silva, especialmente se os interesses de
Israel e Wall Street estão em questão", afirma Madsen.
O jornalista corrobora suas afirmações
citando outros políticos sul-americanos que morreram em circunstâncias
supostamente "misteriosas". Os presidentes Jaime Roldos Aguilera, do
Equador, e Omar Torrijos, do Panamá, foram vítimas de acidentes aéreos em 1981
e, de acordo com Madsen, a impressão digital de um ex-agente da CIA foi
encontrada nas cenas das duas tragédias.
"Uma análise da história
pós-Segunda Guerra Mundial revela que, de todas as maneiras que serviços de inteligência
usaram para eliminar ameaças politicas e econômicas, assassinato por queda de
avião aparece em segundo lugar, logo após acidentes de carro e envenenamento, e
pouco antes do uso de armas de fogo e munição, como o modus operandi favorito
da CIA para assassinatos políticos", acrescenta Madsen.
O modelo do avião que levava Eduardo
Campos, a falta de registros de voz na caixa preta do veículo e a agência
norte-americana chamada para auxiliar nas investigações são indícios, segundo o
jornalista, de que a morte do ex-governador de Pernambuco foi orquestrada pela
CIA.
Madsen cita as recentes pesquisas
eleitorais no Brasil, que preveem a vitória de Marina Silva num eventual
segundo turno contra Dilma, como sinal do "sucesso" na operação do
governo dos EUA. Para ele, porém, essas mesmas pesquisas não passam de
"artifícios de agência de inteligência ocidentais e corporações, usadas
para induzir a opinião pública e engatar uma programação previsível de controle
da população".
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