Ricardo
Wagner - comunicador popular da ASA, Potiterama | CE, Crianças, jovens e adultos na oficina | Foto:
Ricardo Wagner
O clima acalorado não era apenas transmitido pela temperatura típica do
sertão, mas da animação das pessoas que participaram da oficina sobre “Direito
à informação”, realizada pela Artigo 19, na comunidade Barros, em Potiretama,
Ceará, nos dias 29 e 30 de setembro último.
A atividade foi pensada a partir da campanha “Não troque o seu voto por água”, realizada pelo Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) com o objetivo de se perceber a informação como um direito inalienável, e muitas vezes desrespeitado.
A atividade foi pensada a partir da campanha “Não troque o seu voto por água”, realizada pelo Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) com o objetivo de se perceber a informação como um direito inalienável, e muitas vezes desrespeitado.
Há dois meses, a Organização Barreira Amigos Solidários (Obas) vem
realizando com o grupo oficinas de produção teatral com o tema da campanha,
gerando intercâmbio de experiências com um grupo de outro município.
Com 38 participantes
entre crianças, jovens e adultos, a oficina teve início com apresentações do
grupo de jovens “Mãos que fazem a diferença”, que contou sua trajetória. “A
juventude tem interesse em discutir a temática do Semiárido. Aqui a gente tem
muita dificuldade, não só de lazer e cultura, mas porque o acesso à água para
produção é muito difícil.
Tem melhorado por causa das cisternas de placas”, nos contou Melquíades Moura, participante do grupo. “É que a gente não entende como é que os grandes açudes só servem para o agronegócio”, disse Kaline Soares, que estimulou a formação do grupo. Outra que também se posicionou foi a jovem Daniele Moura: “O grande problema não é a seca: é a cerca que não nos deixa pegar a água que é nosso direito”, afirmou.
Após o debate sobre as violações de direitos, discutiu-se a conjuntura atual, focando o período de eleições. Daí promoveu-se uma oficina de estêncil, onde a galera pode pintar camisas personalizadas e com palavras de ordem.
À noite, com a temperatura bem agradável, a turma reuniu-se na quadra da capela para assistir ao filme “O Auto de Dona Caroba”. A mestra de cerimônia foi nada mais nada menos do que a famosa dona Caroba, dessa vez encarnada numa boneca mamulenga, do “Grupo de Jovens Transformadores Solidários”, de Caatingueirinha, comunidade que faz a boa vizinhança com aquela onde aconteceu o encontro.
Tem melhorado por causa das cisternas de placas”, nos contou Melquíades Moura, participante do grupo. “É que a gente não entende como é que os grandes açudes só servem para o agronegócio”, disse Kaline Soares, que estimulou a formação do grupo. Outra que também se posicionou foi a jovem Daniele Moura: “O grande problema não é a seca: é a cerca que não nos deixa pegar a água que é nosso direito”, afirmou.
Após o debate sobre as violações de direitos, discutiu-se a conjuntura atual, focando o período de eleições. Daí promoveu-se uma oficina de estêncil, onde a galera pode pintar camisas personalizadas e com palavras de ordem.
À noite, com a temperatura bem agradável, a turma reuniu-se na quadra da capela para assistir ao filme “O Auto de Dona Caroba”. A mestra de cerimônia foi nada mais nada menos do que a famosa dona Caroba, dessa vez encarnada numa boneca mamulenga, do “Grupo de Jovens Transformadores Solidários”, de Caatingueirinha, comunidade que faz a boa vizinhança com aquela onde aconteceu o encontro.
O grupo confeccionou
os bonecos e vem ensaiando a peça para apresentar ainda esta semana nas
comunidades das redondezas. Mas antes do tão aguardado filme, teve uma
apresentação de dança, relembrando a obra “Xote das Meninas”.
O mestre Luiz Gonzaga
e também leitura de cordéis que arrancaram muitas risadas do público. Após a
exibição do filme, o debate foi aberto em torno do conceito de que é importante
diferenciar o bom político da politicagem, que só engana o povo e viola seus
direitos. “É no direito de viver que eu busco a informação...”
E foi só os passarinhos começarem a cantar nos cajueiros que a meninada já estava de pé, ansiosa para iniciar as atividades. Após uma dinâmica de descontração, Mariana Tamari e Bárbara Paes – agentes da Artigo 19, expuseram a missão da instituição, puxando o debate sobre o acesso à informação, do qual trata o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ver abaixo).
Elas compartilharam
com a juventude os termos legais de acesso à informação, os procedimentos e
como e a quem recorrer nos casos de negação dessas informações.
Numa linguagem
acessível, com distribuição de material para leitura, cordéis, exibição de
slides, vídeo e cartazes, o encontro teve sua culminância com um exercício
proposto por Bárbara e Mariana, onde foram formados grupos para solicitar
informações ao poder público.
A riqueza do momento confirmou o interesse da
juventude em participar ativamente dos processos de aplicação das políticas
públicas no município, exercendo o seu direito à informação. Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948; Artigo 19 - Toda pessoa tem direito à liberdade de
opinião e expressão.
Este direito
inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e
transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.
Sobre a Artigo 19 – É uma ONG de direitos humanos que atua na
promoção e defesa da liberdade de expressão e do acesso à informação. A Artigo
19 trabalha para que todos e todas, em qualquer lugar, possam se expressar de
forma livre, acessar informação e desfrutar de liberdade de imprensa.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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