Barragem subterrânea dá esperança para agricultores no Semiárido

Hana Raquel - Comunicadora popular da ASA; Lagoa do Sítio – PI; Agricultor Ederilson tem em sua propriedade uma barragem subterrânea. | Foto: Hana Raquel/Arquivo EFPT

o município de Lagoa do Sitio, localizado a 26 km de Valença do Piauí, o casal de agricultores Ederilson Mesquita e sua esposa Leila Rodrigues receberam a construção da barragem subterrânea em sua propriedade, tecnologia construída em áreas de baixios, córregos e riachos que se formam no inverno.

A construção foi feita escavando-se uma vala até a camada impermeável do solo, a rocha. Essa vala é forrada por uma lona de plástico e depois fechada novamente. Desta forma, cria-se uma barreira que “segura”

A água da chuva que escorre por baixo da terra, deixando a área encharcada. O agricultor já plantou toda a área com arroz, milho, feijão, fava, melancia, milho e abóbora. 

Seu Ederilson também fez uma roça agroecológica ao lado da barragem subterrânea onde tem aroeira, pau darco e outras plantas nativas. “Estou plantando frutas como manga e abacate, para daqui a um tempo poder vender o que sobrar”.

O sistema da roça agroecológica o agricultor conheceu no intercâmbio feito pela EFPT no município vizinho Ceará, na cidade do Crato. Ele conta que conhecer novas formas de plantar sem agredir o meio ambiente trouxe uma mudança no seu modo de pensar e de plantar.

Para garantir água no período mais seco do ano são construídos poços a, aproximadamente, cinco metros de distância do barramento. O poço serve para retirar a água armazenada na barragem que pode ser utilizada para pequenas irrigações, possibilitando que as famílias produzam durante o ano inteiro. 

Na comunidade rural em que o casal de agricultores vive existe um poço para 86 famílias. Uma grande dificuldade de água, portanto, a construção da cisterna de 52 mil litros vai ajudar muito na produção. “O projeto que tenho em mente é produzir em grande quantidade, com a ajuda da barragem subterrânea, da cisterna e de Deus eu vou conseguir.

Nosso único problema era a água, solucionado podemos melhorar nossa renda com nosso próprio trabalho, sem precisar ir pra cidade fazer bicos de trabalho pra completar nosso sustento”, afirma Seu Ederilson com entusiasmo.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/