Tatiane
Faustino, Núcleo de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste; Recife-PE;
Maria José: "Se não existisse a caatinga seria como não ter água"
(Foto: Arquivo/CMN)
A produção de mudas
de espécies nativas da caatinga para recuperação de áreas degradadas já é
uma realidade na região do Sertão do Pajeú. Trata-se do projeto Mulheres na
Caatinga, executado pela Casa da Mulher do Nordeste, com o patrocínio da
Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
A iniciativa está
envolvendo agricultoras e agricultores da região para produção de mudas nativas
da Caatinga. A agricultora Maria José Pereira da Rocha, 34 anos, residente na
comunidade de São Miguel em São José do Egito já produziu cerca de 2.500 mil
mudas de espécies nativas para o plantio.
Segundo ela, a
produção das mudas causa um sentimento de preservação da vida, mobiliza a
juventude e a comunidade para um olhar de preservação da caatinga.“Eu sinto
muito prazer em produzir e também doar mudas que estão em extinção para outras
pessoas de outras comunidades poderem plantar.
Tudo a gente tira
da mata, lenha, madeira, casca para fazer remédios, alimentos para os animais e
frutas para consumo de casa, senão existisse a caatinga seria como não ter
água”, completou.
Maria José explica
que para produzir mudas nativas da Caatinga é necessário utilizar 70% de terra
e 30% de esterco e regar pelo menos uma vez ao dia. As principais espécies
produzidas por ela são: o angico vermelho, pau d’arco roxo e amarelo, mulungu,e
aroeira.
Para a Casa da
Mulher do Nordeste, a produção de mudas nativas é vista como um instrumento de
educação ambiental, de geração de renda para as mulheres, de acesso a
tecnologias adaptadas, além de gerar conhecimento e preservar a vida da
Caatinga.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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