sábado, 21 de fevereiro de 2015

Agricultoras do Sertão do Pajeú salvam espécies ameaçadas de extinção

Tatiane Faustino, Núcleo de Comunicação da Casa da Mulher do Nordeste; Recife-PE; Maria José: "Se não existisse a caatinga seria como não ter água" (Foto: Arquivo/CMN)

A produção de mudas de espécies nativas da caatinga para recuperação de áreas degradadas já é uma realidade na região do Sertão do Pajeú. Trata-se do projeto Mulheres na Caatinga, executado pela Casa da Mulher do Nordeste, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

A iniciativa está envolvendo agricultoras e agricultores da região para produção de mudas nativas da Caatinga. A agricultora Maria José Pereira da Rocha, 34 anos, residente na comunidade de São Miguel em São José do Egito já produziu cerca de 2.500 mil mudas de espécies nativas para o plantio.

Segundo ela, a produção das mudas causa um sentimento de preservação da vida, mobiliza a juventude e a comunidade para um olhar de preservação da caatinga.“Eu sinto muito prazer em produzir e também doar mudas que estão em extinção para outras pessoas de outras comunidades poderem plantar.

Tudo a gente tira da mata, lenha, madeira, casca para fazer remédios, alimentos para os animais e frutas para consumo de casa, senão existisse a caatinga seria como não ter água”, completou.

Maria José explica que para produzir mudas nativas da Caatinga é necessário utilizar 70% de terra e 30% de esterco e regar pelo menos uma vez ao dia. As principais espécies produzidas por ela são: o angico vermelho, pau d’arco roxo e amarelo, mulungu,e aroeira.

Para a Casa da Mulher do Nordeste, a produção de mudas nativas é vista como um instrumento de educação ambiental, de geração de renda para as mulheres, de acesso a tecnologias adaptadas, além de gerar conhecimento e preservar a vida da Caatinga.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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