Segundo o ex-presidente, partido
precisa enfrentar as tentativas de ligar PT à corrupção.
“A
luta não acabou”. Enfatizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em
discurso durante a celebração dos 35 anos do Partido dos Trabalhadores, na
sexta-feira (6), no Centro de Convenções Minas Centro, em Belo Horizonte (MG).
Para
ele, o desafio do partido nos próximos meses é desmontar a tentativa de
“criminalização” arbitrada contra o PT por parte da imprensa.
“O
critério da mídia é a criminalização do PT desde que chegamos ao poder. Não
importa se é verdade ou mentira”, disse o ex-presidente ao citar a ação massiva
da mídia para desgastar o governo da presidenta Dilma Rousseff. “O PT é motivo de
orgulho e deve ser cada vez mais”, rebateu ao conclamar a militância.
O
evento reuniu a presidenta Dilma, a Direção Nacional do PT, ministros,
parlamentares, militantes e convidados como o ex-presidente do Uruguai José
Mojica e representantes de partidos aliados na capital mineira.
Em
uma breve volta aos primórdios do partido, Lula lembrou a luta pela democracia
e enfrentamento da repressão sobre os trabalhadores que culminou na criação do
PT. “No dia 10 de fevereiro 1980, algumas centenas de brasileiros e brasileiros
começaram a escrever uma das mais belas páginas da história política do nosso
País”, relembrou.
“Um
tempo em que estávamos conquistando na prática e no aprendizado da luta
cotidiana o direito de livre organização sindical e política da classe
trabalhadora. Nesse ambiente de luta, com os pés firmes no chão e grandes
sonhos na cabeça nasceu o nosso querido partido”, contou.
Segundo
Lula, o PT é um partido que surgiu para para mudar o Brasil e é essa
trajetória, desde a fundação, que justifica o orgulho e as lutas por causas
populares que ainda estão por vir.
“Nós
contribuímos para mudar esse pais. A história do PT é o nosso maior patrimônio
e ninguém pode tirar, porque ela é a mais verdadeira”, disse Lula, arrancando
lágrimas emocionadas da presidenta Dilma Rousseff.
Lula
fez questão de demonstrar apoio à presidenta Dilma, em tom de conselho, pelo
que chamou de “tomada de decisões difíceis”, para corrigir os muitos problemas
herdados e garantir os avanços, lembrando que o mesmo aconteceu em 2003, quando
ele assumiu o governo.
“Mas
jamais traímos o compromisso com as camadas mais pobres da população”. Reflexão – Para o ex-presidente, o PT
não pode esquecer suas origens e se tornar um partido de gabinete.
“Há
muito mais preocupação em vencer as eleições, em manter e reproduzir mandatos
que em participar da vida interna do nosso partido”, apontou. “Precisamos fazer
uma reflexão para manter nossa sintonia histórica com os anseios da sociedade
brasileira”.
Fonte: Por Flávia Umpierre, enviada especial da
Agência PT de Notícias
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