Jessica Freitas - Comunicadora popular da ASA; São José do Sabugi – PB; A troca deconhecimentos abordou o agroflorestamento |
Fotos: Jessica Freitas; Grupo conheceu propriedade de Seu Iranildo.
Em 26 e
27 de fevereiro, agricultores e agricultoras de Imaculada (PB), que
conquistaram implementações do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2),
participaram de visita de intercâmbio na propriedade da família do agricultor
Iranildo, na comunidade Penedo, no município de São José do Sabugi, na Paraíba.
O
intercâmbio apresentou a experiência de agroflorestamento com plantio de
árvores nativas em consórcio com culturas agrícolas em torno de
uma barragem-subterrânea. Foram adotadas ainda, várias técnicas como a
cerca viva, utilizando a Palma e o Pião.
“Optamos por essa outra modalidade de
palma, que é mais resistente a estiagem. O pião serve ainda de sustento, pois a
palma cresce no seu entorno”, explica Iranildo.
A
família plantou uma grande quantidade de pés de acerola na propriedade, que são
irrigadas através de gotejamento. Na boca dos canos, foram colocadas tampas de
garrafas pets que regulam a saída da água de acordo com a necessidade das
plantas.
As
frutas garantem uma produção durante todo o ano e gera renda com o fornecimento
de alimentos para as escolas, através do acesso ao Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE). Seu Inácio, Dona Fátima, pais de Iranildo,
apostaram junto com ele na comercialização de polpas de frutas que são
produzidas em casa, em máquinas de beneficiamento adquiridas pela família.
Os agricultores e agricultoras conheceram ainda, a produção de mudas nativas, como o Trapiá e a Gliricídia, e frutíferas como a Acerola e o Maracujá, que são comercializadas e também trocadas com famílias que visitam a propriedade.
Os agricultores e agricultoras conheceram ainda, a produção de mudas nativas, como o Trapiá e a Gliricídia, e frutíferas como a Acerola e o Maracujá, que são comercializadas e também trocadas com famílias que visitam a propriedade.
As
experiências das famílias são um exemplo de alternativa de convivência para as
demais propriedades. Ao longo do entorno de casa, podem ser encontrados pés de
Calaçu, Sabonete, Canafista e Carnaúba.
Uma das
experiências que mais encantaram os visitantes foi a técnica de
reaproveitamento de águas servidas. Foram enterrados pneus que servem de valas
e impedem que a água se espalhe pela propriedade, fazendo uma
impermeabilização. Ela é redirecionada para as fruteiras.
A criação
animal também é mantida de forma sustentável e diversificada. São criados
bovinos, aves e ovinos. O esterco animal é reaproveitado para adubar as
árvores, que por sua vez, tem a folhagem utilizada na compostagem do solo e na
produção de silagem para alimentar os animais.
“Muitos agricultores não dão a importância
devida ao esterco animal de suas propriedades, acabam vendendo para o comércio
e perdem uma grande riqueza de adubo para suas hortas e outras plantações”, comentaram
Iranildo.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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