Representantes dos grupos Globo, Folha,
Abril, Band e Transamérica estão entre os envolvidos no esquema criminoso.
No sábado
(14), foi divulgada a lista com
os nomes de brasileiros
com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão
fiscal e de divisas já revelados no mundo.
A relação
traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles,
Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e
outros arautos da moralidade.
O material foi
divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta
sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera
dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a
repercussão do caso junto à sociedade.
A lista mais
recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O
Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo
Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário
de conta no paraíso fiscal.
O material também
revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta
em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma
bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o
ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes
da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC,
em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros,
Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José
Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, que edita a
revista Veja, um dos mais raivosos meios de imprensa contra o governo
e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.
O apresentador do
SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela
de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços, enquanto desfere discurso contra
políticos em seu programa de tevê.
Mona Dorf,
jornalista ligada à Rádio Jovem Pan, que mantém programa no qual profere
libelos contra a corrupção, mantinha US$ 310 mil na conta no paraíso fiscal. Arnaldo
Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família
Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Com US$ 120,5
milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma
das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de
seus jornalistas e apresentadores.
Depois dele,
aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson
Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9
milhões.
Ao Blog do Fernando
Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além
deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil,
deixando dívidas tributárias e trabalhistas.
Os registros
indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.
No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para
que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.
Fonte: Da Redação da Agência PT de
Notícias.
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