Depois de impor sucessivas derrotas ao governo no Congresso,
o PMDB faz um gesto para a reabertura das conversas com o Palácio do Planalto:
Partiu de senadores do partido a proposta de negociar com o
governo uma fórmula alternativa de reajuste da tabela do Imposto de Renda.
Justo na véspera de
ser votado o veto presidencial à lei que reajustava em 6,5% a tabela nesta ano
e que tem grandes chances de ser derrubado nesta quarta-feira.
O governo havia oferecido o reajuste de
4,5% e, agora, o Congresso propõe o reajuste escalonado – de 6,5% para os que
ganham menos; outra faixa de 5,5%, 5%; e a manutenção dos 4,5% para os que
ganham acima de R$ 5 mil.
Esta proposta foi feita diretamente ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reunião na manhã desta terça-feira (10) no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Esta proposta foi feita diretamente ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em reunião na manhã desta terça-feira (10) no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros.
Partiu do PMDB o convite a Levy para participar de reunião
sobre o assunto no Congresso. Além de Renan, Levy também se encontrou com o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Ele deixou o Congresso informando que iria fazer o cálculo
do impacto financeiro da proposta dos peemedebistas e dar logo a resposta do
governo. No começo da tarde, a mesma proposta vai ser apresentada aos demais
líderes partidários em reunião da qual vai participar também o vice-presidente
Michel Temer.
Mais do que uma questão financeira
(qual seria o impacto no Tesouro desta proposta), o governo terá de avaliar os
desdobramentos políticos dessa negociação. Um entendimento poderá evitar o
começo de mais uma semana de derrotas no Congresso impostas por sua própria
base.
Além dessa iniciativa, outros movimentos indicam uma inflexão dos principais líderes do PMDB em relação ao governo – notadamente, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Além dessa iniciativa, outros movimentos indicam uma inflexão dos principais líderes do PMDB em relação ao governo – notadamente, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.
Cunha já vem afirmando que não pretende criar mais problemas
para o país e Renan, que na semana passada devolveu uma medida provisória do
conjunto de propostas do ajuste fiscal, nesta semana sugeriu a fórmula de –
celebrado o entendimento.
A presidente Dilma Rousseff editar na noite desta
terça-feira uma medida provisória com o texto do acordo (o escalonamento do
reajuste da tabela do Imposto de Renda), que estaria publicada no "Diário
Oficial"
Desta quarta – horas antes da sessão do Congresso convocada
para analisar os vetos presidenciais Ou seja, a tempo de impedir a derrubada do
veto.
Há no PMDB a avaliação de que Renan foi "duro demais" na reação ao governo depois de ver seu nome citado na lista da Operação Lava-Jato. Tanto que, agora, ele faz uma inflexão com um gesto em direção ao governo.
Resta saber se a presidente Dilma vai se fixar na questão financeira (as necessidades do ajuste fiscal) ou se vão compreender os problemas políticos e abrir caminho para pacificar a relação política com o partido de o vice-presidente Michel Temer. Tudo isso terá de ser celebrado em menos de 24 horas. (G1)
Há no PMDB a avaliação de que Renan foi "duro demais" na reação ao governo depois de ver seu nome citado na lista da Operação Lava-Jato. Tanto que, agora, ele faz uma inflexão com um gesto em direção ao governo.
Resta saber se a presidente Dilma vai se fixar na questão financeira (as necessidades do ajuste fiscal) ou se vão compreender os problemas políticos e abrir caminho para pacificar a relação política com o partido de o vice-presidente Michel Temer. Tudo isso terá de ser celebrado em menos de 24 horas. (G1)
Fonte:
ww.paraiba.com.br
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