domingo, 5 de abril de 2015

Como será o 'apocalipse' pela ótica da Ciência?

Diz o ditado que tudo na vida passa. E, segundo cientistas, até a própria vida algum dia desaparecerá por completo na Terra. Mas quanto tempo ainda temos diante de nós? Saiba como a Ciência prevê o apocalipse
Quando tempo ainda resta de vida na Terra? Ciência projeta cenários distintos para o ‘apocalipse’ (Imagem: Pragmatismo Político) Os fósseis encontrados e estudados até hoje indicam que a vida na Terra já dura 3,5 bilhões de anos. Nesse período, ela enfrentou e venceu congelamentos, quedas de asteroides, nuvens tóxicas e até radiação letal.

Ou seja, acabar com a vida no planeta não é fácil. Mas a ciência prevê que muitas situações potencialmente apocalípticas ainda estão por acontecer. Qual delas vai poderá esterilizar a Terra? Apocalipse vulcânico; Prazo: De 0 a 100 milhões de anos.

O mais perto que a vida na Terra já esteve da destruição total foi provavelmente há 250 milhões de anos, durante a grande extinção do fim do período Permiano (último período da Era Paleozóica). O acontecimento eliminou cerca de 85% de todas as espécies terrestres e 95% das aquáticas.

Ninguém sabe dizer ao certo o que aconteceu, mas não deve ser coincidência o fato de a extinção ter ocorrido em uma época de intensa atividade vulcânica na região onde hoje fica a Sibéria.

Para o geólogo Henrik Svensen, da Universidade de Oslo, na Noruega, apesar de a lava derramada pelos vulcões siberianos terem coberto uma área oito vezes maior que a Grã-Bretanha, o que realmente provocou a extinção em massa foram os sais que estão depositados no solo na região.

“Quando esquentados pela atividade vulcânica, esses sais liberaram na atmosfera uma enorme quantidade de substâncias destruidoras de ozônio”, afirma o cientista.

“Em todo o planeta, as espécies tiveram que lidar com a alta radiação prejudicial que normalmente é absorvida pela camada de ozônio, e acabaram morrendo.” Segundo Svensen, ninguém sabe quando e onde uma erupção gigantesca pode acontecer, mas é certo que ela ocorrerá.

No entanto, é improvável que todas as formas de vida sejam extintas com um fenômeno como esse, pois, apesar de plantas e animais terem sofrido com a extinção do fim do período permiano, organismos unicelulares, como as bactérias, escaparam ilesos. Choque de asteróides; Prazo: Dentro de 450 milhões de anos. Se há um fenômeno destruidor com o poder de eliminar todas as formas de vida na Terra, este fenômeno é a própria vida.

Essa é, pelo menos, a teoria do paleontólogo Peter Ward, da Universidade de Washington em Seattle. Batizada de hipótese de Medeia, em homenagem à figura da mitologia grega que matava os próprios filhos, a tese se baseia no argumento de que muitas das grandes extinções em massa sofridas pela Terra foram causadas pela própria vida.

Um exemplo: há 2,3 bilhões de anos, uma enorme quantidade de oxigênio foi liberada na atmosfera por novas formas de vida fotossintéticas. Até então os micróbios do planeta tinham existência anaeróbia e desapareceram por causa da nova atmosfera.

O mesmo aconteceu há 450 milhões de anos, quando as primeiras plantas terrestres modificaram a química do solo e provocaram uma era glacial.Segundo Ward, no futuro esse tipo de efeito poderia esterilizar o planeta.

O Sol está ficando cada vez mais quente e, consequentemente, a temperatura na Terra vai aumentar, acelerando as reações químicas entre o solo e o gás carbônico atmosférico. Por fim, será removido tanto gás carbônico da atmosfera que as plantas não poderão mais realizar fotossíntese, morrendo e levando embora, em seguida, a vida animal. Expansão do Sol.


Prazo: Entre 1 e 7,5 bilhões de anos. e nenhum desses fenômenos provocar o “apocalipse”, o Sol vai. Nossa fonte de luz, calor e energia não vai continuar sendo uma boa amiga para sempre. Como já dissemos, o Sol está cada vez mais quente – a ponto de um dia evaporar todos os nossos oceanos e provocar um efeito estufa que vai fazer os termômetros dispararem.

Esse processo pode começar dentro de 1 bilhão de anos e poderá deixar como sobreviventes apenas os microrganismos mais resistentes.Mas isso não é tudo: dentro de 5 bilhões de anos, o Sol vai começar a se expandir. Daqui a 7,5 bilhões de anos sua superfície alcançará a órbita terrestre, “engolindo” a Terra.

A única esperança está nas mãos dos humanos: se ainda estivermos por aqui poderemos ter a tecnologia necessária para levar a Terra para uma área mais segura do espaço. Colin Barras, BBC Earth. Texto originalmente publicado em: http://www.bbc.com/earth/story/20150323-how-long-will-life-on-earth-last;Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/

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