terça-feira, 7 de abril de 2015

O SINTRAF de Aroeiras apóia 100% essas políticas publicas, Agricultor aposta em diversas estratégias e tecnologias para melhor viver no Semiárido

O SINTRAF de Aroeiras apóia 100% essa política publica para uma melhor qualidade de vida do Homem e Mulher do campo

O principal anseio, agora, é poder contar com a horta orgânica na propriedade onde vive com a mulher e três filhos; Núcleo de Comunicação - Programa Semear; Valdson e os filhos em frente à cisterna calçadão, uma das tecnologias que utilizam para captar e armazenar água | Foto: Projeto Semear.

Quem chegar na propriedade do agricultor Valdson Pereira Lima, de Porto da Folha, Semiárido sergipano, vai se deparar com uma série de tecnologias que contribuem para a convivência com o Semiárido. Com elas, afirma, a qualidade de vida no sertão melhora muito.

O agricultor está sempre em busca de melhorias para ele, a esposa e os três filhos.  A mais nova investida, conta, é a produção de uma horta para que possam se alimentar do que produz, de modo limpo.

“Estou me informando para fazer dar certo”, diz. Ele, garante, utiliza adubo orgânico e protege a região, cercando-a para que os animais não tenham acesso. E mais:  faz uso do sombrite que reduz a incidência do sol nas plantas e já está planejando a utilização de uma mangueira para o gotejamento de água.

Cuidar terra, não desmatá-la e respeitá-la são aprendizados já antigos para Valdson. Ensinamentos do pai. Com tanto zelo e iniciativa, depois do plantio, é hora de esperar para colher, declara.

Enquanto isso, as atividades produtivas e domésticas são realizadas na propriedade com o auxílio das tecnologias. Para captação e uso de água, são utilizadas a cisterna calçadão, com capacidade para armazenar 52 mil litros de água de chuva para produção e afazeres como limpar a casa e lavar a roupa; a cisterna de 16 mil litros, que acumula água para beber.

E a barraginha, que também serve para armazenar água da chuva, principalmente, para dar de beber aos animais.O agricultor conta, ainda, com o biodigestor, tecnologia que produz gás de cozinha a partir do esterco. Antes, a família utilizava um ecofogão, ainda mantido na propriedade e utilizado de vez em quando. “O biodigestor facilitou muito”, frisa.

E por falar em cozinha, uma das conquistas da família é a produção de queijo para comercialização a partir do leite do gado – há ainda criação de galinha, cabra e porco.  Para alimentá-los, o silo, entre outras estratégias.

Valdson destaca que são produzidos, diariamente, cerca de 10 kg de queijo por dia. A atividade começou faz tempo. Há 12 anos, ele e a esposa produzem queijo.“A gente vendia leite, mas depois vimos que era possível ganhar mais vendendo queijo”, explica.

Também vem de longe a tradição de guardar sementes crioulas. O avô passou para o pai, que ensinou Valdson, desde cedo, a importância desse tipo de semente, mais adaptada às características da Caatinga. Com o aprendizado do pai, que, segundo o agricultor, foi quem mais contribuiu para que ele soubesse lidar com o campo, ele passou a valorizar o saber de quem está em contato com a terra.

“As tecnologias ajudam a gente a viver, mas também tem o saber do homem. Valorizo o saber do agricultor. Participo da Associação de Pequenos Produtores da região para trocar conhecimentos e de intercâmbios para aproveitar uma idéia de outro agricultor que eu possa adaptar”.

Conta. Essas experiências foram sistematizadas por jovens integrantes do Projeto ComJovens – Formação de jovens comunicadores(as) e sistematizadores(as) do Alto Sertão Sergipano, realizado pelo Centro Dom José Brandão de Castro em parceria com o Programa Semear.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/

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