O SINTRAF de Aroeiras apóia 100% essa política
publica para uma melhor qualidade de vida do Homem e Mulher do campo
O principal anseio,
agora, é poder contar com a horta orgânica na propriedade onde vive com a
mulher e três filhos; Núcleo de
Comunicação - Programa Semear; Valdson e os filhos em frente à cisterna calçadão, uma das tecnologias
que utilizam para captar e armazenar água | Foto: Projeto Semear.
Quem
chegar na propriedade do agricultor Valdson Pereira Lima, de Porto da Folha,
Semiárido sergipano, vai se deparar com uma série de tecnologias que contribuem
para a convivência com o Semiárido. Com elas, afirma, a qualidade de vida no
sertão melhora muito.
O
agricultor está sempre em busca de melhorias para ele, a esposa e os três
filhos. A mais nova investida, conta, é a produção de uma horta para que
possam se alimentar do que produz, de modo limpo.
“Estou
me informando para fazer dar certo”, diz. Ele, garante, utiliza adubo orgânico
e protege a região, cercando-a para que os animais não tenham acesso. E
mais: faz uso do sombrite que reduz a incidência do sol nas plantas e já
está planejando a utilização de uma mangueira para o gotejamento de água.
Cuidar
terra, não desmatá-la e respeitá-la são aprendizados já antigos para Valdson.
Ensinamentos do pai. Com tanto zelo e iniciativa, depois do plantio, é hora de
esperar para colher, declara.
Enquanto
isso, as atividades produtivas e domésticas são realizadas na propriedade com o
auxílio das tecnologias. Para captação e uso de água, são utilizadas a cisterna
calçadão, com capacidade para armazenar 52 mil litros de água de chuva para
produção e afazeres como limpar a casa e lavar a roupa; a cisterna de 16 mil
litros, que acumula água para beber.
E a
barraginha, que também serve para armazenar água da chuva, principalmente, para
dar de beber aos animais. O agricultor conta, ainda, com o biodigestor, tecnologia que produz gás de cozinha a partir do esterco. Antes, a família utilizava um ecofogão, ainda mantido na propriedade e utilizado de vez em quando. “O biodigestor facilitou muito”, frisa.
E por
falar em cozinha, uma das conquistas da família é a produção de queijo para
comercialização a partir do leite do gado – há ainda criação de galinha, cabra
e porco. Para alimentá-los, o silo, entre outras estratégias.
Valdson
destaca que são produzidos, diariamente, cerca de 10 kg de queijo por dia. A
atividade começou faz tempo. Há 12 anos, ele e a esposa produzem queijo.“A
gente vendia leite, mas depois vimos que era possível ganhar mais vendendo
queijo”, explica.
Também
vem de longe a tradição de guardar sementes crioulas. O avô passou para o pai,
que ensinou Valdson, desde cedo, a importância desse tipo de semente, mais
adaptada às características da Caatinga. Com o aprendizado do pai, que, segundo
o agricultor, foi quem mais contribuiu para que ele soubesse lidar com o campo,
ele passou a valorizar o saber de quem está em contato com a terra.
“As
tecnologias ajudam a gente a viver, mas também tem o saber do homem. Valorizo o
saber do agricultor. Participo da Associação de Pequenos Produtores da região
para trocar conhecimentos e de intercâmbios para aproveitar uma idéia de outro
agricultor que eu possa adaptar”.
Conta. Essas
experiências foram sistematizadas por jovens integrantes do Projeto ComJovens –
Formação de jovens comunicadores(as) e sistematizadores(as) do Alto Sertão
Sergipano, realizado pelo Centro Dom José Brandão de Castro em parceria com o
Programa Semear.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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