Terminou
de forma vergonhosa, para as Organizações Globo, em especial para a revista
Época, o mais recente capítulo da cruzada empreendida pela família Marinho
contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na
capa deste fim de semana, Época rotulou Lula, na capa, como "operador",
e, nas páginas internas, como "lobista em-chefe" de grupos
empresariais brasileiros junto ao BNDES.
O
motivo seria uma investigação aberta há uma semana pelo Ministério Público
Federal contra Lula, relacionada a negócios da Odebrecht na África e na América
Latina.
Agora,
sabe-se que não existe nem sequer uma investigação, mas apenas um procedimento
preliminar, aberto por um procurador, chamado Anselmo Henrique Cordeiro, a
partir de uma reportagem do jornal O Globo.
Escolhida
por sorteio para dar andamento a este procedimento, que pode ou não virar uma
investigação, a procuradora Mirella Aguiar, foi arrasadora. Disse que não foi
apresentada "prova nenhuma" contra o ex-presidente Lula e negou a
possibilidade de quebra de sigilos do ex-presidente Lula ou do Instituto Lula.
"A
quebra de sigilo é algo que a Justiça não costuma dar com base em notícias
anônimas e equiparo um pouco a reportagem jornalística a uma notícia dessas
porque não temos prova nenhuma. Qualquer tipo de invasão da esfera da
intimidade, da privacidade do investigado tem que ser fartamente fundamentada.
Quando
se faz a pergunta se isso daqui poderia gerar uma quebra de sigilo, a
inexistência de provas neste momento não autorizaria", afirmou, em
entrevista ao jornal ‘Estado de S. Paulo’, publicada num pé de página, sem
muito destaque.
Em
nota divulgada nesta segunda-feira, o Instituto Lula desmascarou o chamado
"método Época de jornalismo", lembrando que nem mesmo a investigação
citada na capa existe (saiba mais aqui).
O
que se tem, portanto, é apenas uma tentativa de manipulação do processo
político por parte da imprensa e de instituições de Estado. O jornal O Globo
publica uma reportagem, que gera um procedimento interno no MP, que vaza para
Época, também das Organizações Globo, e alimenta uma campanha de difamação e
desinformação.
Em
tempo: ao acusar o ex-presidente Lula de defender interesses de construtoras
brasileiras no exterior, criminalizado sua atividade como palestrante, Época,
na prática, fez lobby por um grupo chinês, chamado Ghezouba, derrotado em
concorrências internacionais (saiba mais aqui).
Fonte: www.brasil247.com
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