Daiane Almeida -
comunicadora popular da ASA; "Comida de verdade no campo e na
cidade: Por direito e cidadania" foi o tema da conferência | Foto: Daiane
Almeida/Acervo: Apaeb.
Com o tema “Comida de
verdade no campo e na cidade: Por direito e cidadania” teve início a
Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional no município de Serrinha (BA),
na tarde do último dia 21, no prédio da Funasa.
Estiveram presentes representantes da sociedade civil e do poder público
debatendo os seguintes eixos temáticos: eixo 1 :
Comida de verdade: avanços
e obstáculos para a conquista da alimentação adequada e saudável e da soberania
alimentar; eixo 2: Estratégias em andamento para a conquista da comida de
verdade no âmbito local, estadual, regional, nacional e internacional e no eixo
3:
Aperfeiçoamento e
ampliação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional: pacto
federativo, participação social e intersetorialidade. O
município de Serrinha tem avançado na constituição de espaços essenciais como o
Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional no ano de 2004.
Atualmente está em
processo de adesão ao Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e
formou o Grupo Governamental de Segurança Alimentar (GGSAN).
Durante o ano de 2011, foi
realizado um curso de formação para agentes municipais e, no ano de 2012, um
diagnóstico que identificou as irregularidades na forma como os alimentos eram
expostos na feira livre. A partir de então a feira foi reorganizada.
Kamilla Santos,
representante da ONG Movimento de Organização Comunitária (MOC) ficou
responsável por abordar o significado da temática central da conferência. Em
sua fala, Kamilla abordou as diferenças entre os níveis de insegurança
alimentar.
O que podem ser leve, moderada e grave, levantou avanços importantes em nível nacional, como a saída do Brasil do mapa da fome, a inserção do direito à alimentação na Constituição, a criação programas como o PAA e PNAE, entre outros.
O que podem ser leve, moderada e grave, levantou avanços importantes em nível nacional, como a saída do Brasil do mapa da fome, a inserção do direito à alimentação na Constituição, a criação programas como o PAA e PNAE, entre outros.
Desafios - A II
Conferência foi um espaço importante para se reconhecer a necessidade de
avançar em outros aspectos, como a construção do Plano Municipal de Segurança
Alimentar, e consequentemente na dotação orçamentária do poder público
municipal para executá-lo.
Há também avanços
consideráveis no campo do armazenamento de água para a produção de alimentos
através de tecnologias sociais de captação de água da chuva, como as cisternas,
barreiros, barragens entre outros, construídos por entidades da sociedade civil
como a APAEB Serrinha, através do Programa Uma Terra e Duas Águas, da ASA, e de
parcerias com o poder público.
Nubia Silva,
vice-presidente do Comsea refletiu sobre a alimentação no país e em Serrinha. “O
governo Lula trouxe uma preocupação com a erradicação da miséria”. Já havia
estudos como o mapa da fome, mas nenhum governo tinha pensado políticas e de lá
pra cá só foi conquistas.
A gente já tem o Sistema de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN) no estado e em Serrinha podemos dizer que tem
uma política pública que contempla o conselho e o grupo governamental.
Uma segunda etapa é a
elaboração do plano. O nosso objetivo aqui é tratar estratégias para esse
plano. “Todos têm que assumir o esforço para que toda a população que está aí
tenha acesso a alimento em quantidade e qualidade.”
“O grupo governamental
(GGSAN) está precisando correr atrás do tema. Vamos procurar, já na próxima
semana, nos reunir e ver o plano municipal e buscar os aportes financeiros”,
disse Jorge Gonçalves, secretário de Saúde do município e membro do GGSAN.
Silvaney Santiago, membro
do Conselho e representante da sociedade civil, através da APAEB Serrinha,
debateu o eixo 2. O debate girou em torno dos avanços e obstáculos para se
atingir uma alimentação saudável.
Os três eixos foram
debatidos e ao final os grupos levantaram propostas que deverão ser
encaminhadas para as etapas territorial e estadual das Conferências. Também
foram eleitos os delegados/as da sociedade civil e poder público que participam
dessas etapas.
Entre as diversas
propostas que surgiram nos três eixos estão a realização de um novo diagnóstico
que identifique a situação da insegurança alimentar no município, a ampliação
das tecnologias de armazenamento de água para produção de alimentos,
regularização das terras das famílias agricultoras, produção de campanhas
educativas, entre outras.
Durante os dois dias do
evento, foi montado um pequeno stand onde as agricultoras, que participam da
Feira Agroecológica do município, comercializaram seus produtos.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/
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