Nunca, na história deste país, um
partido e um governante foram tão perseguidos pela grande mídia, com a valiosa
colaboração – ingênua, burra ou deliberada – dos veículos menores espalhados
por todo o território nacional e, também, por incrustações oposicionistas no Judiciário,
no Ministério Público e na Policia Federal.
E, o que é mais surpreendente, sem a menor
reação do PT e da presidenta Dilma Rousseff, cuja apatia beira a covardia. Isso
não é democracia: é golpismo! No seu esforço permanente para derrubar a Presidenta
e inviabilizar a candidatura do ex-presidente Lula em 2018.
Os grandes veículos de comunicação
sediados no eixo Rio-São Paulo perderam os limites impostos pela ética e pelos
escrúpulos, omitindo, mentindo e distorcendo informações para atingir seus objetivos.
As revistas "Vejam", do
Grupo Abril, e "Época", das Organizações Globo, parece que estão
disputando para ver quem mente de maneira mais convincente, com matéria capaz
de envolver Dilma e Lula nos esquemas de corrupção sob investigação ou em
qualquer coisa que possa eliminá-los da vida pública.
Percebe-se, claramente, que os
proprietários desses grandes veículos e os grupos que representam não estão
preocupados com a situação do país mas, única e exclusivamente, interessados no
poder.
Querem conquistá-lo a qualquer preço,
sem importar-se com os prejuízos que estão causando, com sua campanha
sistemática, ao Brasil e aos brasileiros. Até hoje não conseguiram garimpar
nada que pudesse tirar Dilma e Lula do seu caminho, mas o veneno destilado
diariamente já provoca danos no julgamento que o povo faz dos petistas e do
governo.
Escondendo as boas ações do governo e
amplificando as negativas a grande mídia conseguiu criar para o país uma imagem
de roubalheira e falência. Nada presta. "O governo só tem ladrões e o
Brasil está no fundo do poço".
Essa a imagem que passou a ocupar a
cabeça de muita gente, dentro e fora do país, conforme os comentários
entreouvidos nas filas de bancos, nas paradas de ônibus, nos metrôs, nos
supermercados, nas ruas. Com tanto bombardeio o brasileiro parece ter perdido a
capacidade de raciocínio, assimilando naturalmente "o que dizem os
jornais".
E com isso, estribado apenas na
"teoria do domínio do fato", condena todos aqueles que de alguma
forma estão ligados ao PT ou ao governo, até mesmo os que estão há tempos
afastados da vida pública. Se não houver, portanto, uma reação vigorosa contra
esse processo golpista, Dilma corre o risco de cair e o PT de desaparecer.
Com a governabilidade no fio da
navalha, por conta do comportamento oposicionista de aliados no Congresso
Nacional, a Presidenta vive sufocada pelo fogo pesado da oposição e da mídia,
que não lhe dão um segundo de trégua. O senador tucano Aloysio Nunes, aliás, já
disse que quer vê-la sangrando, enquanto o candidato derrotado Aécio Neves
disse que não lhe daria paz.
Com o respaldo da mídia, ambos estão
empenhados em infernizar a vida dela, sob o olhar complacente e acovardado de
petistas e aliados, alguns destes últimos aplaudindo os arroubos oposicionistas
dos presidentes da Câmara e do Senado, peemedebistas Eduardo Cunha e Renan
Calheiros, respectivamente. Aliás, quem tem a dupla CC – Cunha e Calheiros –
como aliados não precisa de oposição.
O deputado Eduardo Cunha, que vem
desencavando nos porões da Câmara todos os projetos que contrariam a posição do
governo, comemorou junto com Calheiros a aprovação da PEC da Bengala, que
estende para 75 anos a idade-limite para a aposentadoria compulsória dos
ministros dos tribunais superiores.
Com a decisiva ajuda do peemedebista,
a oposição conseguiu finalmente aprovar a proposta, cujo objetivo é tirar da
presidenta Dilma Rousseff a indicação de pelo menos cinco ministros do Supremo
Tribunal Federal, para ocupar as vagas que seriam abertas durante o seu
mandato.
Eles não atentaram, porém, para o
fato de que poderão ter colocado nas mãos de Lula a indicação dos novos
ministros, pois é grande a possibilidade do metalúrgico ser eleito em 2018. Ou
seja, o tiro comemorado como vitória pode sair pela culatra.
Certamente
por isso, temendo a volta do ex-presidente, é que os riquinhos pendurados nos
prédios de luxo dos bairros nobres do Rio e São Paulo bateram panelas, na
varanda gourmet, para não ouvir o recado de Lula na televisão. Não é panelaço.
É palhaçada, mesmo, que a Globo noticiou como se fosse um protesto no Brasil inteiro. Não se viu ninguém batendo em panelas nas favelas e nos bairros pobres, até porque seria um enorme prejuízo para quem só tem o necessário para cozinhar.
É palhaçada, mesmo, que a Globo noticiou como se fosse um protesto no Brasil inteiro. Não se viu ninguém batendo em panelas nas favelas e nos bairros pobres, até porque seria um enorme prejuízo para quem só tem o necessário para cozinhar.
Os pobres ouviram o recado de Lula que, apesar da distância que nos separa das
próximas eleições presidenciais, já está assombrando os que temem não
conquistar o poder pelo voto.
Afastar o metalúrgico do caminho, portanto, passará a ser o objetivo principal
dos golpistas, caso não consigam defenestrar Dilma do Palácio do Planalto. Para
isso, no entanto, não basta ler o livro do ex-presidente paraguaio José Mujica. Por, Ribamar
Fonseca.
Fonte: www.brasil247.com
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