Os
servidores protestavam contra a votação do projeto de lei 252/2015, de Beto
Richa. O texto, aprovado em meio ao massacre, autoriza o governo estadual a
mexer no fundo de previdência dos servidores públicos do estado, a
Paranáprevidência.
“Temos visto a atuação da polícia na garantia da segurança de
manifestações que têm acontecido no país, mas esse direito deve ser garantido a
todos”, criticou Lula. O ex-presidente ainda afirmou ser “inadmissível” que o direito de manifestação seja restringido a qualquer pessoa, principalmente aos professores.
No Twitter, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, criticou a
ação da polícia do Paraná, reforçou o direito à greve e solidarizou-se com os
professores. “Abaixo a truculência do governador Richa! Diálogo, sim. Repressão
e violência, não!”, disse.
O
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados,
Paulo Pimenta (PT-RS) repudiou, em nota, o tratamento dado pela polícia do
Paraná aos professores estaduais.
“Sem qualquer justificativa plausível, os agentes de segurança
pública estão promovendo um ataque, não só com gás, mas com balas de borracha
atiradas a esmo, cassetetes e cachorros. Tudo com muita violência, colocando as
pessoas em risco de morte”, destacou o deputado.
Pimenta informou ter viajado, ainda na quarta-feira (29), à
Curitiba, capital do estado, para acompanhar o que chamou de “violações dos
direitos humanos”.
“Os mais de cem feridos até agora, e todos os cidadãos presentes,
são vítimas de inúmeras violações de direitos humanos. Não apenas ao direito
legítimo de protesto, mas à integridade física e à vida”, lembrou Pimenta.
Senadora eleita pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann (PT),
acompanhou, no Centro Cívico de Curitiba, os atos de violência contra os
professores estaduais. Ela contou ter presenciado o momento em que a polícia
começou a jogar bombas contra os docentes.
“Eu também andei no meio do povo, ninguém estava fazendo
resistência e as bombas continuavam. Isso não faz parte da nossa história, não
faz parte da democracia e do respeito que temos que ter com os movimentos”,
exaltou a senadora.
Por diversas vezes, eu e as lideranças sindicais pedimos aos policiais
que parassem de atirar bombas contra os professores, mas a violência continuou.
Caminhei entre os manifestantes e vi dezenas de feridos. “Um verdadeiro cenário
de guerra”, contou Gleisi.
Fonte: Da Redação da Agência de
Notícias
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