A exemplo do que vem
ocorrendo maciçamente no âmbito da Operação Lava Jato, que já conta pelo menos
15 delações premiadas, o PT em São Paulo quer o uso do mesmo instrumento nas
investigações sobre o cartel dos trens que.
Segundo investigação do
Ministério Público do Estado, operou entre 1998 e 2008 (governos do PSDB em São
Paulo).
O deputado estadual José
Américo, secretário nacional de Comunicação do PT, informou que os
parlamentares do seu partido pretendem marcar uma audiência com a
Procuradoria-Geral de Justiça "para questionar por que o recurso (da
colaboração) não foi adotado na investigação do cartel".
"O Ministério Público
de São Paulo deve oferecer o instrumento (da delação)", declarou José
Américo, segundo nota distribuída por sua assessoria.
Na Lava Jato a
investigação descobriu esquema de corrupção e propinas na Petrobras, entre 2003
e 2014. A operação já levou para a prisão o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
As delações representam
uma etapa crucial da Lava Jato. Ex-dirigentes da Petrobras, empreiteiros,
doleiro e outros acusados por desvios que podem chegar a R$ 6,2 bilhões, em
troca de pena mais branda, revelaram os bastidores do esquema.
A defesa de Vaccari nega
taxativamente a prática de atos ilícitos. O PT afirma que todas as doações que
recebe são lícitas. O cartel metroferroviário operou entre 1998 e 2008
(governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB)
Fraudando licitações do
Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), segundo acordo de
leniência firmada em maio de 2013 pela multinacional alemã Siemens com o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão antitruste do governo
federal.
O Metrô e a CPTM negam
reiteradamente que dirigentes seus tenham participado do conluio e que
colaboram com as investigações. O PSDB afirma que a legenda não pactua com
práticas de irregularidades.
O Ministério Público
Estadual já entregou à Justiça um lote de sete denúncias criminais contra mais
de 30 executivos de multinacionais e de empresas brasileiras por formação de
cartel.
A sétima acusação foi
protocolada na sexta feira, 22, contra dirigentes de quatro empresas, por
suposta fraude em licitação de R$ 1,75 bilhão para modernização de 98 trens do
Metrô.
Por seu lado, a Polícia
Federal indiciou 33 alvos de inquérito criminal levado à Justiça Federal. Ainda
não há condenados no caso do cartel, nem da Lava Jato.
Na PF dois antigos
executivos da Siemens fizeram delação premiada e confirmaram o ajuste entre as
empresas do setor metroferroviário. A PF pediu à Justiça perdão aos delatores.
Os depoimentos dos dois
colaboradores foram usados pelo Ministério Público Estadual em suas
investigações. Mas os deputados do PT afirmam que não houve nenhuma delação realizada
exclusivamente no âmbito das investigações do Ministério Publico paulista.
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