A chuva cai no telhado da
casa, corre até a calha e desce até um grande reservatório redondo, branco, com
tampa em formato de cone. Lá, fica armazenada, para que 1,2 milhão de famílias
do Semiárido, durante a seca, tenham água de qualidade para beber e cozinhar e
para a higiene pessoal.
Esse reservatório é a
cisterna, uma tecnologia social simples e de baixo custo que, com o apoio do
governo federal desde 2003, se estabeleceu como uma das principais estratégias
de convivência com o clima árido da região que abrange o Nordeste do país e o norte
de Minas Gerais.
“As cisternas vêm
transformando a vida de milhares de famílias, porque elas podem armazenar água
de boa qualidade para seu consumo e, assim, ter maior segurança alimentar”,
afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.
Cada família recebe uma
cisterna com capacidade para armazenar 16 mil litros. Com isso, é possível que
até cinco pessoas possam ter água para beber e cozinhar por oito meses. O
acesso a ela, entre outros benefícios, reduz a incidência de doenças
relacionadas à pobreza e melhora a qualidade de vida das pessoas, sobretudo das
mulheres.
Que, antes desses
reservatórios, tinham de percorrer quilômetros, diariamente, muitas vezes
levando as crianças consigo, em busca de água de má qualidade. Soluções como
essa integram o conjunto de políticas públicas que ajudaram o Brasil, em 2014,
a sair do Mapa da Fome, divulgado pela FAO.
Estímulo à produção – O
governo federal também já entregou cerca de 125 mil tecnologias sociais que
abastecem os agricultores mais pobres do Semiárido. São cisternas do tipo
calçadão e de enxurrada, barragens subterrâneas e barreiros trincheira.
Entre outros modelos, com
capacidade para até 52 mil litros de água, que armazenam água no período da
chuva para ajudar os agricultores familiares de baixa renda a continuarem
produzindo mesmo durante a estiagem.
Além dos reservatórios,
eles têm acesso à assistência técnica especializada, a recursos para investir
nas propriedades e à energia elétrica e contam com apoio à comercialização da
produção, por meio de compras públicas e privadas.
“A reserva de água
significa mais autonomia para as famílias planejarem sua produção de alimentos
e a criação de pequenos animais, independentemente do período regular de
estiagem”, explica Arnoldo de Campos.
Fonte: Ascom/MDA
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