sábado, 25 de julho de 2015

RIS: microrregião de Itapipoca discute Sementes da Vida


Lívia Teixeira - Assessoria de Comunicação da Cáritas Itapipoca/Sobral, Trairi | CE, Encontro reuniu cerca de 70 pessoas | Foto: Lívia Teixeira/Arquivo Cáritas Itapipoca

Foi realizado entre os dias 17 e 18 de julho na comunidade de Riachão, Trairi (CE), o encontro da Rede de Intercâmbio de Sementes (RIS) de Itapipoca, tendo como principal objetivo discutir a temática das sementes da vida e os desafios enfrentados pelos camponeses na luta.

Pela preservação do patrimônio nativo/sementes crioulas, Ampliando o seu conhecimento acerca das sementes híbridas e transgênicas, e a celebração da colheita como sinal vivo da cultura popular e principalmente do resgate das tradições comunitárias.

O encontro reuniu cerca de 70 pessoas entre representações das casas de sementes dos territórios Vales do Curu e Aracatiaçu correspondente à microrregião de Itapipoca e entidades como a Cáritas Diocesana de Sobral e Universidade Estadual do Ceará, em peso a participação das juventudes que se faz cada vez mais presentes nos espaços de articulação comunitária principalmente das casas de sementes.

O momento de mística inicial deu-se na ciranda de alegrias conduzida por Erivan Silva onde foram todos envolvidos na apresentação dos pilares de sustentação da vida sendo eles: água, terra, fogo, ar e sementes da vida, tendo também a apresentação da trajetória da RIS três climas há alguns anos.

O professor Álvaro da UECE deu continuidade ao encontro falando sobre as sementes nativas, híbridas, transgênicas e a grande produção do agronegócio, de como este cenário apresenta desafios para o campo de valorização das sementes crioulas. 

Ficou determinada a visita dos professores em algumas comunidades para módulos de formações, principalmente nas comunidades onde o processo de armazenamento das sementes está se iniciando.

Em seguida Erivan Silva deu continuidade falando da Reforma Agrária como democratização das estruturas de poder, promoção da cidadania e da justiça social e o agronegócio, destacando em sua fala principalmente o manejo agroecológico e a importância do consumo de alimentos sem agrotóxicos.

Os participantes visitaram a experiência de Dona Raimunda da própria comunidade onde apresentou com entusiasmo seu quintal produtivo e sua forma agroecológica de fazer o manejo, tendo uma roda de diálogos e partilha de saberes de agricultor/a para agricultor/a.

Com o cair da noite foram todos/as se achegando no terreiro para a grande celebração da colheita, nas barracas os produtos da agricultura familiar que com muita alegria e livre de agrotóxicos foram produzidos, o toque da viola convidava para as apresentações culturais que animaram a noite de cultura e saberes populares dos povos da região.

O findar do evento se deu com uma roda de conversa onde os participantes avaliaram o encontro e fizeram um levantamento do que poderiam estar realizando em suas comunidades a partir dos conhecimentos obtidos.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br

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