Lívia Teixeira -
Assessoria de Comunicação da Cáritas Itapipoca/Sobral, Trairi | CE, Encontro
reuniu cerca de 70 pessoas | Foto: Lívia Teixeira/Arquivo Cáritas Itapipoca
Foi realizado entre os
dias 17 e 18 de julho na comunidade de Riachão, Trairi (CE), o encontro da Rede
de Intercâmbio de Sementes (RIS) de Itapipoca, tendo como principal objetivo
discutir a temática das sementes da vida e os desafios enfrentados pelos
camponeses na luta.
Pela preservação do patrimônio
nativo/sementes crioulas, Ampliando o seu conhecimento acerca das sementes
híbridas e transgênicas, e a celebração da colheita como sinal vivo da cultura
popular e principalmente do resgate das tradições comunitárias.
O encontro reuniu cerca de
70 pessoas entre representações das casas de sementes dos territórios Vales do
Curu e Aracatiaçu correspondente à microrregião de Itapipoca e entidades como a
Cáritas Diocesana de Sobral e Universidade Estadual do Ceará, em peso a
participação das juventudes que se faz cada vez mais presentes nos espaços de articulação
comunitária principalmente das casas de sementes.
O momento de mística
inicial deu-se na ciranda de alegrias conduzida por Erivan Silva onde foram
todos envolvidos na apresentação dos pilares de sustentação da vida sendo eles:
água, terra, fogo, ar e sementes da vida, tendo também a apresentação da
trajetória da RIS três climas há alguns anos.
O professor Álvaro da UECE
deu continuidade ao encontro falando sobre as sementes nativas, híbridas,
transgênicas e a grande produção do agronegócio, de como este cenário apresenta
desafios para o campo de valorização das sementes crioulas.
Ficou determinada a visita dos professores em
algumas comunidades para módulos de formações, principalmente nas comunidades
onde o processo de armazenamento das sementes está se iniciando.
Em seguida Erivan Silva
deu continuidade falando da Reforma Agrária como democratização das estruturas
de poder, promoção da cidadania e da justiça social e o agronegócio, destacando
em sua fala principalmente o manejo agroecológico e a importância do consumo de
alimentos sem agrotóxicos.
Os participantes visitaram
a experiência de Dona Raimunda da própria comunidade onde apresentou com
entusiasmo seu quintal produtivo e sua forma agroecológica de fazer o manejo,
tendo uma roda de diálogos e partilha de saberes de agricultor/a para
agricultor/a.
Com o cair da noite foram
todos/as se achegando no terreiro para a grande celebração da colheita, nas
barracas os produtos da agricultura familiar que com muita alegria e livre de
agrotóxicos foram produzidos, o toque da viola convidava para as apresentações
culturais que animaram a noite de cultura e saberes populares dos povos da
região.
O findar do evento se deu
com uma roda de conversa onde os participantes avaliaram o encontro e fizeram
um levantamento do que poderiam estar realizando em suas comunidades a partir
dos conhecimentos obtidos.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br
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