terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Claudio Mota: Mídia esquece escândalos do PSDB/DEM: R$ 109,9 bilhões

Se há polêmica, nada melhor do que um tira-teima, especialmente sobre a corrupção, tema atual do Brasil, observando o montante de dinheiro público desviado nos casos que envolvem os principais partidos que disputam o poder no país no período mais recente da nossa história: PT e PSDB. Sem esquecer o mensalão do DEM.


Pelos números divulgados via imprensa e estabelecidos nas ações calculadas pelo Judiciário desde a década de 1990, o PSDB/DEM ganha de goleada: R$ 109,9 bilhões, contra R$ 20,1 bilhões do PT. O valor aqui engloba o mensalão (R$ 130 milhões, segundo a Wikipédia, e R$ 73 milhões, de acordo o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa) e o caso Petrobras (R$ 6,1 bilhões, referentes à Lava Jato.


(Mas de acordo com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da operação, mas pode superar R$ 20 bilhões, por conta do lucro ilícito que as empresas receberam com superfaturamento de contratos).


No comparativo, os valores em dólar foram transformados em reais, com a cotação de R$ 3,80. Resgatar o tema é pertinente porque a discussão sobre corrupção mobiliza as atenções do noticiário, embora o pedido de impeachment da presidenta Dilma se apoie na chamada pedalada fiscal.


Aliás, questionado por juristas renomados do Brasil e até políticos tucanos, como o senador Tasso Jereissati. Quando a grande imprensa esquece outros casos, observamos que a luta política define os critérios de avaliação dos casos de corrupção no Brasil. Vemos julgamento e punição para quem foi acusado de desviar menos dinheiro público, enquanto quem praticou mais corrupção está livre.


Se a grande mídia faz sua agenda setting focando no PT, é importante lembrar o período em que o país foi dirigido pelo PSDB, com apoio do DEM. Privatizações: prejuízo de R$ 103,751 bilhões; O país teve um prejuízo de pelo menos R$ 103,751 bilhões com as privatizações do patrimônio público, dado a preço de banana a grandes grupos privados, durante o governo FHC.


Segundo matéria do jornal Folha de S. Paulo, de 5/12/1999, resgatada pela Fundação Perseu Abramo em seu site, o ganho sobre o patrimônio líquido das empresas privatizadas foi de apenas US$ 17,865 bilhões (R$ 67,887 bilhões). Já o total de benefícios concedidos aos compradores foi de US$ 45,168 bilhões (R$ 171,638 bilhões):


US$ 15,919 bilhões em créditos tributários (escândalo pouco conhecido da população e que explicamos a seguir); US$ 8,958 bilhões de “moedas podres” (títulos que foram esquentados e que, como o nome diz, não tinham quase nenhum valor de mercado) e US$ 20,289 bilhões em financiamentos concedidos antes e depois das privatizações. Mensalão do PSDB: desvio de R$ 496 milhões. 


Aqui temos investigações ocorrendo há mais de 10 anos e processos na Justiça há cinco. De acordo com a Polícia Federal, no mensalão tucano seis empreiteiras doaram R$ 8,2 milhões para a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG), sem declarar à Justiça Eleitoral, obrigatório por lei. O jornal Folha de S. Paulo revelou que essas seis empresas receberam R$ 296 milhões em pagamentos por obras na gestão governador eleito.


De acordo com o jornalista Paulo Moreira Leite, o esquema abastecia as agências de Marcos Valério (preso no chamado mensalão do PT), com recursos do Visanet para ajudar a pagar as contas da campanha de 1998 do PSDB. A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios apontou que o esquema tucano levantou mais R$ 200 milhões.


Metrô de São Paulo: desvio de R$ 425 milhões; O dinheiro desviado foi de, pelo menos, R$ 425 milhões, segundo reportagem da IstoÉ, publicada pela Carta Maior. O Caso envolve a Alstom, multinacional francesa que teria subornado políticos ligados ao governo paulista de Geraldo Alckmin para ganhar o contrato da expansão do metrô de São Paulo, e a Siemens, empresa que admitiu ter formado cartel com outras 13 para fraudar as licitações dos metrôs da cidade paulista e do Distrito Federal.


Pasta Rosa: desvio de R$ 9,12 milhões; Acontece um 1995, envolvendo US$ 2,4 milhões de dólares (R$ 9,12 milhões). Uma auditoria no então Banco Econômico encontrou um dossiê com documentos que indicavam a existência de um esquema ilegal de doação eleitoral. Envolvia a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Antônio Calmon de Sá, dono do banco.


O esquema apontava a distribuição ilegal desse dinheiro a 45 políticos que se candidataram nas eleições de 1990, entre eles José Serra (PSDB), Antônio Carlos Magalhães (antigo PFL, hoje DEM) e José Sarney (PMDB). Caso Sivam: prejuízo de R$ 5,3 bilhões; Escândalo estourou em 1995 e envolveu denúncias de corrupção e tráfico de influência na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia.

A empresa norte-americana Raytheon arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão (R$ 5,3 bilhões). Mensalão do DEM: desvio de R$ 739,5 milhões; O desvio foi R$ 739,5 milhões, calculado pela ação do Ministério Público (MPDF). Foi descoberto em 2009, pela Polícia Federal. Entre outras acusações está a “exigência de vantagem indevida” (propina) ao ex-governador José Roberto Arruda.


Segundo o MPDF, é referente à compra de apoio parlamentar no Distrito Federal, por Arruda, que integrava os quadros do DEM. Somando todos os valores, encontramos um total de R$ 109.981.120.000,00, enquanto o que a grande imprensa chama de “maior escândalo de corrupção da história”, envolveu em trono de R$ 20,130; Por Claudio Mota.


Fonte: Portal Vermelho

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