domingo, 6 de dezembro de 2015

UBM: O Brasil não pode ficar refém de um chantagista

Em nota divulgada nesta quinta-feira (3), a União Brasileira de Mulheres manifesta seu repúdio e indignação “ao golpe que estão tentando desferir contra a democracia brasileira”.

Para a entidade feminista, a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, desrespeita o voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras. “Elegemos a presidenta Dilma democraticamente em eleições limpas! O deputado Eduardo Cunha age de forma torpe!”, critica o documento.

No texto, as feministas ressaltam o revanchismo de Eduardo Cunha que, após não conseguir apoio do PT na Comissão de Ética onde está sendo julgado o seu caso, faz um “movimento claro de vingança e retaliação”. 

Sabendo que pesam sobre o presidente da Câmara “denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, além de utilização do cargo para perseguição e constrangimento de adversários”. Segue a íntegra da nota abaixo: O Brasil não pode ficar refém de um chantagista! Fora Cunha! Fica Dilma! 

A União Brasileira de Mulheres manifesta seu veemente repúdio e indignação ao golpe que estão tentando desferir contra a democracia brasileira. Na noite de ontem, o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), presidente da Câmara dos Deputados, acatou abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma.

Legitimamente eleita pelo voto soberano do povo brasileiro e sobre quem não pesa nenhuma acusação contra sua honra ou conduta à frente do cargo. Movimento claro de vingança e retaliação por seus pares na Câmara terem dado mais um passo rumo à cassação do deputado

Achacador, sobre o qual pesam denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, além de utilização do cargo para perseguição e constrangimento de adversários. A eleição e exercício do mandato de Eduardo Cunha tem sido mais uma prova inequívoca de como o financiamento privado de campanha pode vir a corromper as instituições da República. 

A maneira como ele vergonhosamente utiliza do cargo – o terceiro na linha de sucessão presidencial – para conseguir vantagens pessoais e fazer aprovar projetos distantes da vontade popular ou do espírito democrático da Constituição de 1988.

Muitas vezes através de escandalosas manobras regimentais, como no primeiro turno da votação da redução da maioridade penal – provam que é insustentável sua permanência à frente do cargo que ocupa e mesmo como representante do povo.

Cunha, contra quem pesa, inclusive, denúncia de agressão contra a ex-mulher, também vem agindo insidiosamente contra os direitos das mulheres:Seu projeto 5069/2013 é escandalosamente misógino e faz corar quem tem alguma noção de direitos humanos.

Exigimos o respeito ao voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras! Elegemos a presidenta Dilma democraticamente em eleições limpas! O deputado Eduardo Cunha age de forma torpe! Não nos esqueceremos daqueles que, neste momento, ameaçaram a democracia brasileira por anseios mesquinhos e antidemocráticos.

Como alguns deputados e porta-vozes da direita que aproveitam o golpe de ocasião de Cunha para arrancar à força um impeachment insustentável política ou juridicamente, e que, felizmente, temos certeza, são uma minoria. 

Estamos certas também de que o STF saberá cumprir com o papel que lhe cabe.Além dos inúmeros juristas e personalidades que já se posicionaram publicamente em defesa da nossa democracia e contra o impeachment.

De nossa parte, estaremos mobilizadas nas ruas e em todos os espaços em defesa do mandato constitucional.O Brasil não pode ficar refém de um chantagista! Fora Cunha! Fica Dilma! União Brasileira de Mulheres, 3 de dezembro de 2015.

Fonte: Portal Vermelhoda presidenta Dilma e contra qualquer tentativa de golpe contra nossa democracia.

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