Não surpreeende a nova denúncia sobre o pagamento de propinas em
Furnas que seriam destinadas ao PSDB e a Aécio Neves, agora feita pelo delator
Fernando Moura, o que diz e desdiz conforme a pressão que sobre ele exercem.
É a terceira, porque antes já o haviam dito o megadelator Alberto
Yousseff e o carregador de dinheiro conhecido como Ceará, o doleiro
Carlos Alexandre de Souza Rocha, o qual, aliás, está estranhamente perdoado
pelo Dr. Sérgio Moro, como registrou a infatigável Helena Sthephanowitz.
Também não há surpresa no tipo de cobertura discretíssima que a
imprensa faz sobre isso, ainda mais que existe uma palpável ligação entre Aécio
e Furnas: o seu pai, já morto, ter sido dirigente da empresa durante o período
FHC e boa parte do Governo Lula.
O que significa isso perto de um barco de lata ou de um “pombal”
de classe média no Guarujá? Como, até agora, prevalece o pedido de arquivamento
das investigações sobre o senador e “presidente moral” do Brasil feito pela
Procuradoria Geral da República, pode-se dizer que ele não é investigado
Como os jornais e revistas não publicam, ou publicam
discretamente, sem qualquer iniciativa de aprofundar suas pesquisas, Aécio
também não é “publicado”. E, como não é investigado ou publicado.
E fica-se na instigante proposição da física quântica de que os
fenômenos, antes que sejam cientificamente observados, permanecem em um
estado de indefinição que desafia toda lógica: são e não são, estão vivos e
mortos.
O que, de certa maneira, combina com este papel que Aécio desempenha
hoje na vida brasileira: a de ser a assustadora assombração da mediocridade da
política.
Fonte: tijolaco.com.br
Fonte: tijolaco.com.br
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