MDS vai
investir R$ 705 milhões, até 2014, na construção desses equipamentos na região,
por meio do Brasil Sem Miséria, plano de superação da extrema pobreza do
governo federal
Mesmo com a seca, ainda há gente que não troca a
propriedade no sertão por um lugar onde chova mais. Nesta sexta-feira (22) em
que se comemora o Dia Mundial da Água, proclamado pela Organização das Nações
Unidas (ONU), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
reforça o compromisso de universalizar o acesso à água para as famílias mais
pobres do Semi-árido. Até 2014, o MDS investirá R$ 705 milhões na construção de
cisternas de placas para captação e armazenamento de água na região. Com o
Programa Água para Todos os governo federal quer que os agricultores familiares
do Semiárido deixem de percorrer quilômetros com baldes e tonéis ou abandonem
suas terras no período de seca. As cisternas de captação de água e as
tecnologias para produção estão garantindo a permanência das famílias e a
convivência com o Semiárido. O agricultor Abelmanto Carneiro de Oliveira é uma
dessas pessoas. Com a mulher e a filha, ele tem uma propriedade de 10 hectares
na Comunidade de Mucambo, a 16 quilômetros do município de Riachão do Jacuípe
(BA). Antes de ter a primeira cisterna, construída em 2004 com recursos
próprios, a família bebia água de um tanque de barro que também era destinada
aos animais. Em 2008, o agricultor construiu uma nova unidade de captação e
armazenamento de água, com apoio do MDS. O sertanejo aprendeu a conviver com a
estiagem rotineira, a garantir a segurança alimentar e nutricional de sua
família e a aproveitar melhor o período escasso de chuva. Nos poucos dias que
chovem no Semiárido, as pessoas têm que encher as cisternas, açudes e outras
tecnologias para consumo, irrigação e criação de animais. “A chuva vem de uma
vez e de forma irregular. Só faz água mesmo a chuva de verão, aquela de
trovoada, entre novembro e dezembro. E, às vezes, só chove dois dias nesse
período”, conta o agricultor. Além de plantar e criar cabras e ovelhas, ele
vende a produção excedente ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
“Aqui é um lugar bom de viver, é um paraíso, mesmo com as dificuldades. Quem
sabe conviver com a falta de água, acaba sendo um vencedor.” Programa – Por meio do Plano Brasil
Sem Miséria, lançado há dois anos pela presidente Dilma Rousseff, o governo
federal tem a meta de levar água a cerca de 750 mil famílias até 2014. Cabe ao
MDS construir, juntamente com seus parceiros executores, 500 mil cisternas de
placas de cimento através do Programa Cisternas, que integra o Programa Água
Para Todos. Entre 2011 e 2012, o MDS repassou R$ 540 milhões aos governos
estaduais, consórcios públicos de municípios e entidades privadas sem fins
lucrativos para a execução das obras em nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará,
Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Com esses
recursos foram construídas 165 mil cisternas até o ano passado. Isso beneficiou
165 mil famílias, em 622 municípios do Semiárido, com água para beber. Mais 160
mil cisternas estão em execução na região. A prioridade é para as famílias
inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal que não
tenham acesso à água de qualidade para consumo. “A água é essencial para a
dignidade das famílias no Semiárido e a convivência com a seca. Essas
estratégias do governo federal não são emergenciais, são para serem
duradouras.”, diz o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do
MDS, Arnoldo de Campos. O Programa Cisternas também construiu mais de 19 mil
tecnologias de captação e armazenamento de água para a produção que beneficiaram
cerca de 26 mil famílias de agricultores. É micro barragens, barragens
subterrâneas, bombas populares, tanque de pedras, cisternas-calçadão, entre
outras, que permitem às famílias manter suas atividades produtivas mesmo no
período de estiagem. Quando a água se esgota, as cisternas podem ser
reabastecidas com as ações emergenciais, assinala o secretário. “Quando acaba a
água das cisternas, elas servem para abastecimento por carro pipa. Com essa
tecnologia, é possível organizar o abastecimento emergencial e as famílias não
precisam mais fazer deslocamentos com baldes e tonéis.” Até 2014, cerca de 500
mil famílias serão beneficiadas com o Programa Cisternas no Semi-árido. Saiba
mais sobre o Programa Cisternas aqui. Cristiane
Hidaka; (Ascom/MDS)
Fonte: www.mds.gov.br/saladeimpresa
Fonte: www.mds.gov.br/saladeimpresa
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