sábado, 23 de março de 2013

Dia Mundial da Água: cisternas contribuem para melhoria da qualidade de vida no Semi-árido


MDS vai investir R$ 705 milhões, até 2014, na construção desses equipamentos na região, por meio do Brasil Sem Miséria, plano de superação da extrema pobreza do governo federal

Mesmo com a seca, ainda há gente que não troca a propriedade no sertão por um lugar onde chova mais. Nesta sexta-feira (22) em que se comemora o Dia Mundial da Água, proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) reforça o compromisso de universalizar o acesso à água para as famílias mais pobres do Semi-árido. Até 2014, o MDS investirá R$ 705 milhões na construção de cisternas de placas para captação e armazenamento de água na região. Com o Programa Água para Todos os governo federal quer que os agricultores familiares do Semiárido deixem de percorrer quilômetros com baldes e tonéis ou abandonem suas terras no período de seca. As cisternas de captação de água e as tecnologias para produção estão garantindo a permanência das famílias e a convivência com o Semiárido. O agricultor Abelmanto Carneiro de Oliveira é uma dessas pessoas. Com a mulher e a filha, ele tem uma propriedade de 10 hectares na Comunidade de Mucambo, a 16 quilômetros do município de Riachão do Jacuípe (BA). Antes de ter a primeira cisterna, construída em 2004 com recursos próprios, a família bebia água de um tanque de barro que também era destinada aos animais. Em 2008, o agricultor construiu uma nova unidade de captação e armazenamento de água, com apoio do MDS. O sertanejo aprendeu a conviver com a estiagem rotineira, a garantir a segurança alimentar e nutricional de sua família e a aproveitar melhor o período escasso de chuva. Nos poucos dias que chovem no Semiárido, as pessoas têm que encher as cisternas, açudes e outras tecnologias para consumo, irrigação e criação de animais. “A chuva vem de uma vez e de forma irregular. Só faz água mesmo a chuva de verão, aquela de trovoada, entre novembro e dezembro. E, às vezes, só chove dois dias nesse período”, conta o agricultor. Além de plantar e criar cabras e ovelhas, ele vende a produção excedente ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Aqui é um lugar bom de viver, é um paraíso, mesmo com as dificuldades. Quem sabe conviver com a falta de água, acaba sendo um vencedor.” Programa – Por meio do Plano Brasil Sem Miséria, lançado há dois anos pela presidente Dilma Rousseff, o governo federal tem a meta de levar água a cerca de 750 mil famílias até 2014. Cabe ao MDS construir, juntamente com seus parceiros executores, 500 mil cisternas de placas de cimento através do Programa Cisternas, que integra o Programa Água Para Todos. Entre 2011 e 2012, o MDS repassou R$ 540 milhões aos governos estaduais, consórcios públicos de municípios e entidades privadas sem fins lucrativos para a execução das obras em nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Com esses recursos foram construídas 165 mil cisternas até o ano passado. Isso beneficiou 165 mil famílias, em 622 municípios do Semiárido, com água para beber. Mais 160 mil cisternas estão em execução na região. A prioridade é para as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal que não tenham acesso à água de qualidade para consumo. “A água é essencial para a dignidade das famílias no Semiárido e a convivência com a seca. Essas estratégias do governo federal não são emergenciais, são para serem duradouras.”, diz o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos. O Programa Cisternas também construiu mais de 19 mil tecnologias de captação e armazenamento de água para a produção que beneficiaram cerca de 26 mil famílias de agricultores. É micro barragens, barragens subterrâneas, bombas populares, tanque de pedras, cisternas-calçadão, entre outras, que permitem às famílias manter suas atividades produtivas mesmo no período de estiagem. Quando a água se esgota, as cisternas podem ser reabastecidas com as ações emergenciais, assinala o secretário. “Quando acaba a água das cisternas, elas servem para abastecimento por carro pipa. Com essa tecnologia, é possível organizar o abastecimento emergencial e as famílias não precisam mais fazer deslocamentos com baldes e tonéis.” Até 2014, cerca de 500 mil famílias serão beneficiadas com o Programa Cisternas no Semi-árido. Saiba mais sobre o Programa Cisternas aquiCristiane Hidaka; (Ascom/MDS)

Fonte: www.mds.gov.br/saladeimpresa

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