A
Confederação Nacional de Municípios (CNM) trabalha pela aprovação de uma
proposta que institui o Serviço de Moradia Social, no âmbito do Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS). Trata-se do Projeto de Lei
(PL) 6.342/2009, que cria uma alternativa ao modelo locador-locatário, e tem a
moradia como um serviço e não como um bem. De acordo com a proposta, as
moradias seriam locações públicas gerenciadas pelo poder público, assim como
funciona em países como a França, Espanha, África do Sul e Uruguai. No PL está
garantida a gestão compartilhada entre União, Estados e Municípios, por meio da
assinatura de contratos. A CNM defende a nova modalidade de habitação junto ao
Grupo de Trabalho de Moradia Social do Conselho Nacional das Cidades. E, além
disso, encaminhou sugestões para aperfeiçoar o texto original do PL 6.342/2009,
de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP). (Sugestões da CNM) As sugestões são referentes às garantias de
fonte de custeio e a participação dos Municípios em todas as etapas dos
projetos. O objetivo é que estes entes não fiquem apenas com a função de manter
projetos prontos, que geram repercussões futuras para os gestores municipais.
Para a CNM, é preciso ampliar os critérios para o uso do imóvel, e vincular o
local de trabalho e de estudo dos moradores beneficiados. O Serviço de
Habitação Social busca a dignidade das pessoas não pela oferta pura e simples
de título de propriedade, mas por meio do acesso aos locais de trabalho, estudo
e lazer. Para evitar que o cidadão carente more longe e dependa de
transporte. É uma espécie de aluguel do imóvel enquanto durar a situação que
justifique a presença da pessoa em determinado local. De acordo com este
modelo, os imóveis inativos de áreas centrais seriam ocupados para garantir
habitação bem localizada para a população de baixa renda. A ideia surgiu em
2000, mas o governo federal optou pelo programa Minha Casa, Minha Vida e pela
atenção ao morador de rua e catador de lixo. Atualmente, a maior parte das pessoas
beneficiadas por programas tradicionais de moradia populares gastas muitas
horas para ir ao trabalho ou ao local de estudo. Além disso, programas como a
Minha Casa, Minha Vida demandam obras de infraestrura, pois a maioria se
localiza em periferias, onde geralmente há precariedade de serviços. (Tramitação) O PL 6.342/2009 tramita
na Câmara dos Deputados em caráter conclusivo – sem a necessidade de votação no
Plenário. A proposição foi aprovada na Comissão de Desenvolvimento Urbano
(CDU), e aguarda parecer na Comissão de Finanças e Tributação (CFT). Depois, o
PL segue para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania
(CCJC). O Senado também deve analisar a proposta. (Integra do PL 6.342/2009)
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