A transição agroecológica
é o processo gradual de mudança de práticas e manejo convencionais. Fazer a
transformação significa deixar de utilizar produtos químicos, que oferecem
riscos à saúde e ao meio ambiente, e investir em práticas sustentáveis que
trarão mais qualidade de vida ao agricultor.
E para conscientizar os
consumidores, o Governo Federal promove, de 24 a 31 de maio, a Semana dos
Alimentos Orgânicos - evento realizado em 21 estados do Brasil e no Distrito
Federal simultaneamente.
A conscientização do
consumidor é um dos fatores que ajuda a aumentar o número de produtores
orgânicos, sendo a maioria constituída por agricultores familiares. E para
adotar práticas agroecológicas, o agricultor conta com o apoio do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA), que, para garantir a segurança alimentar e
promover o desenvolvimento rural sustentável disponibiliza políticas públicas
que valorizam e fortalecem a agricultura familiar.
O agricultor familiar que
opta pela transição agroecológica e passa a cultivar alimentos orgânicos, pode
ter acesso à Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), ao crédito do
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), nas linhas
Agroecologia, Eco e Floresta e aos programas que auxiliam na comercialização,
como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (Pnae).
Passo
a passo:
Quando o agricultor decide
fazer a transição agroecológica, caso ainda não possua um acompanhamento
técnico, deve procurar uma instituição que ofereça Ater para fazer um
planejamento da área onde produz. Assim, será possível verificar quais as
condições do solo e quais as práticas que tem utilizado para que sejam definidos
os ajustes que devem ser realizados.
O técnico, então, vai
orientar sobre como adequar o plantio e como produzir adubos orgânicos e
insumos para tratar a produção, além de auxiliar na escolha de sementes
adequadas. Gradualmente, o agricultor vai aprendendo como fazer o manejo do
solo da forma correta e como produzir alimentos livres de agrotóxicos.
Para que seja possível
fazer a transição, o produtor pode acessar o Pronaf, que disponibiliza crédito
para investimento nas técnicas de base agroecológica. Após realizar todo o
processo, o agricultor tem a oportunidade de ampliar a comercialização de seus
produtos, vendendo para o PAA e Pnae.
Além disso, o agricultor
familiar que produz orgânicos pode obter o selo de certificação e se inscrever
no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos. Tendo seu produto reconhecido, o
agricultor poderá participar de feiras agroecológicas ou orgânicas, tendo a
possibilidade de gerar ainda mais renda.
Com a adoção de práticas
agroecológicas, a saúde do agricultor e de sua família é a mais beneficiada.
Mas o meio ambiente também ganha. Além da melhora na alimentação.
A produção de alimentos
orgânicos permite a recuperação do solo e de fontes de água. Optar pela
transição agroecológica é produzir com segurança e investir na saúde e
valorização da agricultura familiar.
Brasil
Agroecológico:
A necessidade de produzir
alimentos mais saudáveis com a conservação dos recursos naturais fez com que o
Governo Federal instituísse, em 2012, a Política Nacional de Agroecologia (Pnapo).
Com a implementação da política e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção
Agroecológica – Brasil Agroecológico.
Os agricultores familiares
que ainda não adotaram a produção de base agroecológica, mas que desejam
produzir alimentos mais saudáveis, têm a opção de fazer a transição
agroecológica e contribuir com o desenvolvimento rural sustentável. >> Ouça aqui o áudio
da matéria. Aline Dias.
Fonte: Ascom/MDA
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