Kátia Gonçalves -
comunicadora popular da ASA PE; Os materiais e insumos entregues
ajudarão a incrementar a produção familiar (Foto: Arquivo / Cecor).
Com o objetivo de fomentar
a construção de processos participativos de desenvolvimento rural no Semiárido
brasileiro, promover a segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego
e renda às famílias agricultoras contempladas com as tecnologias de convivência
com o semiárido.
É que a equipe do Centro
de Educação Comunitária Rural (Cecor), por meio do programa Uma Terra e Duas
Águas (P1+2), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e de
Combate à Fome (MDS), entregou materiais de infraestrutura e insumos nos
municípios de Custódia, Carnaubeira da Penha e Parnamirim.
Além de receberem uma
cisterna calçadão, um barreiro-trincheira ou uma barragem subterrânea, as 303
famílias contempladas com o programa ganharam arame, tela, motobombas, carro de
mão e sementes de hortaliças, entre outros.
Esses materiais auxiliam
no fortalecimento da produção de alimentos saudáveis nas propriedades. A
proposta é incentivar as famílias a investirem na criação de pequenos animais e
na produção de alimentos para o consumo familiar e comercialização do
excedente.
Durante os 15 meses de execução do P1+2, da
etapa 02/2014, foram construídas 303 tecnologias de captação de água para
produção, implantados 66 galinheiros, 53 hortas, 184 criatórios de caprinos e
303 sistemas de irrigação. De acordo com o coordenador do P1+2.
Carlos André de Souza, a
satisfação das famílias ao receberem essas infraestruturas e insumos e o fato
de muitas delas já estarem se beneficiando da produção orgânica é o que reforça
a importância do projeto para o semiárido.
“Em visita de
monitoramento, a gente viu hortas cheias de hortaliças, legumes, galinheiros já
com uma boa produção, e o melhor de tudo foi sentir a alegria das mulheres ao
utilizarem os produtos na alimentação familiar”, explicou Carlos ao agradecer à
equipe envolvida por ter cumprido o projeto em tempo hábil.
As agricultoras Lúcia
Generosa da Conceição (68 anos) e Maria Senhora da Conceição (71 anos) da
Aldeia Mingú, em Carnaubeira da Penha, lembraram que para comer coentro, alface
e cebolinha tinham que percorrer vários quilômetros.
“A gente só comia essas
coisas quando íamos para cidade grande. Aqui nunca teve! Hoje plantamos e
colhemos de tudo um pouco. Daqui alguns dias nosso galinheiro vai estar cheio
também”, declararam Lúcia e Maria.
O P1+2 objetiva promover a
soberania, a segurança alimentar e a geração de renda através da produção de
alimentos. Para isso, foram construídas tecnologias de captação e armazenamento
de água da chuva, possibilitando o cultivo de frutas e hortaliças.
Além das famílias se
apropriarem do processo de construção das tecnologias, também participaram de
momentos de troca de experiência e capacitações sobre manejo da água e do solo,
práticas agroecológicas, entre outras ações que fortalecem a convivência com o
Semiárido.
Fonte: http://www.asabrasil.org.br
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