sexta-feira, 19 de junho de 2015

Famílias agricultoras do Semiárido fortalecem práticas de soberania e segurança alimentar


Kátia Gonçalves - comunicadora popular da ASA PE; Os materiais e insumos entregues ajudarão a incrementar a produção familiar (Foto: Arquivo / Cecor).

Com o objetivo de fomentar a construção de processos participativos de desenvolvimento rural no Semiárido brasileiro, promover a segurança alimentar e nutricional e a geração de emprego e renda às famílias agricultoras contempladas com as tecnologias de convivência com o semiárido.

É que a equipe do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), por meio do programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome (MDS), entregou materiais de infraestrutura e insumos nos municípios de Custódia, Carnaubeira da Penha e Parnamirim.

Além de receberem uma cisterna calçadão, um barreiro-trincheira ou uma barragem subterrânea, as 303 famílias contempladas com o programa ganharam arame, tela, motobombas, carro de mão e sementes de hortaliças, entre outros.

Esses materiais auxiliam no fortalecimento da produção de alimentos saudáveis nas propriedades. A proposta é incentivar as famílias a investirem na criação de pequenos animais e na produção de alimentos para o consumo familiar e comercialização do excedente.

 Durante os 15 meses de execução do P1+2, da etapa 02/2014, foram construídas 303 tecnologias de captação de água para produção, implantados 66 galinheiros, 53 hortas, 184 criatórios de caprinos e 303 sistemas de irrigação. De acordo com o coordenador do P1+2.

Carlos André de Souza, a satisfação das famílias ao receberem essas infraestruturas e insumos e o fato de muitas delas já estarem se beneficiando da produção orgânica é o que reforça a importância do projeto para o semiárido.

“Em visita de monitoramento, a gente viu hortas cheias de hortaliças, legumes, galinheiros já com uma boa produção, e o melhor de tudo foi sentir a alegria das mulheres ao utilizarem os produtos na alimentação familiar”, explicou Carlos ao agradecer à equipe envolvida por ter cumprido o projeto em tempo hábil.

As agricultoras Lúcia Generosa da Conceição (68 anos) e Maria Senhora da Conceição (71 anos) da Aldeia Mingú, em Carnaubeira da Penha, lembraram que para comer coentro, alface e cebolinha tinham que percorrer vários quilômetros. 

“A gente só comia essas coisas quando íamos para cidade grande. Aqui nunca teve! Hoje plantamos e colhemos de tudo um pouco. Daqui alguns dias nosso galinheiro vai estar cheio também”, declararam Lúcia e Maria.

O P1+2 objetiva promover a soberania, a segurança alimentar e a geração de renda através da produção de alimentos. Para isso, foram construídas tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva, possibilitando o cultivo de frutas e hortaliças. 

Além das famílias se apropriarem do processo de construção das tecnologias, também participaram de momentos de troca de experiência e capacitações sobre manejo da água e do solo, práticas agroecológicas, entre outras ações que fortalecem a convivência com o Semiárido.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br

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