sexta-feira, 19 de junho de 2015

Luiz Couto parabeniza 40 anos de atuação da CPT


Couto lembrou que em 1971, no dia de sua ordenação episcopal como bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso, dom Pedro Casaldáliga lançou a Carta Pastoral "Uma Igreja da Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização Social".

A carta denunciava a realidade dos indígenas, posseiros e peões numa porção da Amazônia. "Dom Pedro foi um homem de coragem e cheio da graça de Deus. Fez história quando uniu forças com o povo do campo e exauriu toda energia em meio a Ditadura Militar", disse Couto.

Segundo o deputado A Comissão Pastoral da Terra (CPT) completa este ano seu 40º aniversário de fundação e a data foi lembrada pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB) em pronunciamento feito na Câmara dos Deputados.

Paraibano, no período da ditadura, o reconhecimento do vínculo com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter.

Mas já nos primeiros anos, a entidade adquiriu um caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs, destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB.

Os posseiros da Amazônia foram os primeiros a receber atenção da Comissão Pastoral da Terra. Rapidamente, porém, a entidade estendeu sua ação para todo o Brasil, pois os lavradores, onde quer que estivessem.

Enfrentavam sérios problemas. Assim, a Comissão Pastoral da Terra se envolveu com os atingidos pelos grandes projetos de barragens e, mais tarde, com os sem-terra.

“Quero elogiar os trabalhos da Comissão Pastoral da Terra que ao longo do tempo adquiriu uma tonalidade diferente de acordo com os desafios que a realidade apresentava”.

Sem, contudo, perder de vista o objetivo maior de sua existência: ser um serviço à causa dos trabalhadores rurais, sendo um suporte para a sua organização. O homem do campo é que define os rumos que quer seguir, seus objetivos e metas.

A Comissão Pastoral da Terra o acompanha, não cegamente, mas com espírito crítico. É por isso que a Comissão Pastoral da Terra conseguiu, desde seu início, manter a clareza de que os protagonistas desta história são os trabalhadores e trabalhadoras rurais. 

Creio que existem vários seguimentos que defendem com unhas e dentes os direitos dos trabalhadores através do direito humano. Mas “gostaria de afirmar que esta Comissão foi e é até o momento o diferencial da ideologia da dignidade do trabalhador.”, disse Luiz Couto.

Fonte: Ascom do Dep. Luiz Couto

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