Couto lembrou que em 1971,
no dia de sua ordenação episcopal como bispo da Prelazia de São Félix do
Araguaia, no Mato Grosso, dom Pedro Casaldáliga lançou a Carta Pastoral
"Uma Igreja da Amazônia em Conflito com o Latifúndio e a Marginalização
Social".
A carta denunciava a
realidade dos indígenas, posseiros e peões numa porção da Amazônia. "Dom
Pedro foi um homem de coragem e cheio da graça de Deus. Fez história quando
uniu forças com o povo do campo e exauriu toda energia em meio a Ditadura
Militar", disse Couto.
Segundo o deputado A
Comissão Pastoral da Terra (CPT) completa este ano seu 40º aniversário de
fundação e a data foi lembrada pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB) em
pronunciamento feito na Câmara dos Deputados.
Paraibano, no período da
ditadura, o reconhecimento do vínculo com a Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB) ajudou a CPT a realizar o seu trabalho e a se manter.
Mas já nos primeiros anos,
a entidade adquiriu um caráter ecumênico, tanto no sentido dos trabalhadores
que eram apoiados, quanto na incorporação de agentes de outras igrejas cristãs,
destacadamente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB.
Os posseiros da Amazônia
foram os primeiros a receber atenção da Comissão Pastoral da Terra.
Rapidamente, porém, a entidade estendeu sua ação para todo o Brasil, pois os
lavradores, onde quer que estivessem.
Enfrentavam sérios
problemas. Assim, a Comissão Pastoral da Terra se envolveu com os atingidos
pelos grandes projetos de barragens e, mais tarde, com os sem-terra.
“Quero elogiar os trabalhos
da Comissão Pastoral da Terra que ao longo do tempo adquiriu uma tonalidade
diferente de acordo com os desafios que a realidade apresentava”.
Sem, contudo, perder de
vista o objetivo maior de sua existência: ser um serviço à causa dos
trabalhadores rurais, sendo um suporte para a sua organização. O homem do campo
é que define os rumos que quer seguir, seus objetivos e metas.
A Comissão Pastoral da
Terra o acompanha, não cegamente, mas com espírito crítico. É por isso que a
Comissão Pastoral da Terra conseguiu, desde seu início, manter a clareza de que
os protagonistas desta história são os trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Creio que existem vários
seguimentos que defendem com unhas e dentes os direitos dos trabalhadores
através do direito humano. Mas “gostaria de afirmar que esta Comissão foi e é
até o momento o diferencial da ideologia da dignidade do trabalhador.”, disse
Luiz Couto.
Fonte: Ascom do Dep. Luiz
Couto
Nenhum comentário:
Postar um comentário