segunda-feira, 27 de julho de 2015

Aécio propõe corte de 50% no salário do trabalhador


O governo federal enviou ao Congresso Nacional Medida Provisória criando o Plano de Proteção ao Emprego, que permite que empresas, em comum acordo com os trabalhadores, reduzam a jornada de trabalho em até 30% e os salários, em 15%.

A proposta tem promovido o intenso debate entre as centrais sindicais e também entre os parlamentares. A preocupação é que a medida não provoque a redução de direitos e da renda dos trabalhadores.

No entanto, essa é a preocupação da base aliada progressista, pois o autoproclamado líder da oposição, Aécio Neves (PSDB), segundo a coluna do Ilimar Franco do jornal O Globo da última sexta-feira (24), acha que reduzir os salários em "trinta é pouco".

Aécio propõe que a redução da jornada de trabalho possa ser de até 50%. Inicialmente, a proposta parece ótima, só que não. Isso porque Aécio defende que as empresas também possam reduzir em até 50% os salários dos trabalhadores.

A presidenta Dilma lançou o PPE como uma forma de proteger os postos de trabalho na índústris em meio à crise. Por ser Medida Provisória, já está em vigor, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, que pode fazer mudanças no texto original.

A MP prevê que a União complemente metade da perda salarial por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador. O programa valerá até o dia 31 de dezembro de 2016, e o período de adesão das empresas vai até o fim deste ano.

Para definir quais setores e empresas estarão aptos a participar do Programa de Proteção ao Emprego, o governo também criou um grupo interministerial que vai divulgar informações sobre os critérios, com base em indicadores econômicos e financeiros.

Para que as empresas possam implementar o programa, os trabalhadores terão que aceitar a proposta por meio de acordo coletivo firmado entre a categoria e as entidades patronais. A companhia não poderá demitir funcionários enquanto participar do projeto.

Do Portal Vermelho, com informações do GGN

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