sexta-feira, 17 de julho de 2015

Delator da Lava Jato: Eduardo Cunha pediu 5 US$ milhões em propina


Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, foi acusado

Dinheiro que seria usado para campanha eleitoral, segundo informações do Estadão. O jornal O Globo, por sua vez, afirmou que o valor negociado seria R$ 10 milhões.

“Fui bastante apreensivo (ao encontro do parlamentar no Leblon, Rio). O deputado Eduardo Cunha é conhecido como uma pessoa agressiva, mas confesso que comigo foi extremamente amistoso, dizendo que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o Fernando do qual ele era merecedor de US$ 5 milhões”, afirmou Camargo.

“E isso estava atrapalhando, porque estava em véspera de campanha, se não me engano uma campanha municipal e que ele tinha uma série de compromissos e que eu vinha alongando esse pagamento há bastante tempo e que ele não tinha mais condição de aguardar", escreveu o Estadão.

O consultor Julio Camargo prestou depoimento, divulgado nesta quinta-feira (16), na presença do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitina, Paraná. Segundo o delator, Cunha pediu o pagamento para viabilizar um contrato de navios-sonda com a Petrobras.

Advogados presentes no interrogatório relataram Camargo ter afirmado que Cunha prometeu dividir o dinheiro entre ele e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema da Petrobras. Cunha distribuiu ainda nesta quinta uma nota à imprensa, negando as acusações:

“Com relação à suposta nova versão atribuída ao delator Júlio Camargo, tenho a esclarecer o que se segue: 1- O delator já fez vários depoimentos, onde não havia confirmado qualquer fato referente a mim, sendo certo ao menos quatro depoimentos”.

2- Após ameaças publicadas em órgãos da imprensa, atribuídas ao Procurador Geral da República, de anular a sua delação caso não mudasse a versão sobre mim.
 
Meus advogados protocolaram petição no STF alertando sobre isso. 3- Desminto com veemência as mentiras do delator e o desafio a prová-las.

4- É muito estranho, às vésperas da eleição do Procurador Geral da República e às vésperas de pronunciamento meu em rede nacional, que as ameaças ao delator tenham conseguido o efeito desejado pelo Procurador Geral da República, ou seja, obrigar o delator a mentir.”.

Fonte: Jornal GGN

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